Apresentados no último mês durante reunião da Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente, os projetos de tornar o Palácio Anchieta um prédio sustentável poderão sair do papel. Tais medidas tem como objetivo proporcionar mais qualidade de vida aos funcionários, conforme vem solicitando o vereador Gilberto Natalini (PSDB)desde 2007 à Mesa Diretora da Casa.
A equipe de infraestrutura da Câmara Municipal apresentou aos vereadores o plano de “Retrofit” (modernização) da sede do Legislativo Paulistano, que consiste em uma intervenção sistêmica, ao contrário das reformas pontuais que vêm sendo realizadas nos últimos anos. Para o vereador Natalini, presidente da comissão, a Câmara estará “fazendo história” ao colocar o projeto em prática.
“Nos últimos seis anos temos feito intervenções para diminuir consumo de energia, mas se mostrou necessária uma intervenção maior no prédio, incluindo a recuperação de áreas degradadas e da fachada, utilizando conceitos de desperdício zero e sustentabilidade”, explicou Rodrigo Ravena, secretário de Infraestrutura.
Ravena afirmou que o projeto envolve processo licitatório, a fim de buscar empresas que apliquem conceitos de sustentabilidade e responsabilidade social. A reforma no Palácio Anchieta pretenderá atender aos padrões internacionais de construções sustentáveis, utilizando certificações europeias e norte-americanas.
De acordo com Vanessa Rocha, consultora da Secretaria de Infraestrutura da Câmara, as vantagens do Retrofit do Palácio Anchieta são muitas, desde a economia de água e de energia até um ambiente de trabalho mais saudável e confortável, com melhor qualidade do ar e iluminação. Além destas iniciativas, o projeto também conta com implantação de uma cobertura vegetal (telhado verde). Vanessa afirmou que entre os projetos mais avançados estão: a implantação de um sistema de aproveitamento da água da chuva e a utilização de energia solar para o funcionamento das copas.
No âmbito da economia energética, os estudos do Retrofit do Palácio Anchieta, de acordo com Natalini, preveem a instalação de um sistema de ventilação central com uso de gás ecológico, o que diminuirá os gastos com ar condicionado e possibilitando a reforma da fachada do edifício, atualmente ocupada pelos aparelhos. Além disso, com mudanças na iluminação, o uso de luminárias pode cair em até 50%, completa.
As reformas deverão ser sustentáveis também na sua execução, com o aproveitamento de materiais de demolição e contratação de empresas regionais, diminuindo custos e impactos de transporte.
*Com informações de CicloVivo