Dos 513 deputados no exercício do mandato, conforme levantamento da Queiroz Assessoria em Relações Institucionais e Governamentais, 449 vão tentar a reeleição e 64 fizeram outras opções. Destes, 21 buscam uma vaga no Senado, 17 desistiram de disputar qualquer cargo nestas eleições, 13 concorrem aos governos de seus estados, cinco são candidatos a deputado estadual, cinco compõem chapa como vice-governador, dois concorrem a suplente de senador e um é candidato a vice-presidente da República.
A quantidade de deputados federais candidatos à reeleição, 449 ou 87,5% da composição da Câmara, supera o recorde anterior, em 1998, de 443 recandidaturas, bem como a média das últimas seis eleições, que foi de 416 deputados. Isso significa que haverá uma baixa renovação, considerando que o índice médio de aproveitamento dos que tentam a reeleição supera 65%, conforme tabela a seguir. Se mantida essa média, a tendência é de baixa renovação para os padrões brasileiros, algo como 40% da composição da Casa.
Índice de recandidaturas desde 1990, segundo o Diap:
Nosso prognóstico é de que os candidatos à reeleição neste pleito, preponderantemente, só não renovarão seus mandatos se seus partidos não atingirem o quociente eleitoral ou não forem contemplados com o sistema de sobras. Assim, o eventual insucesso de candidatos à reeleição será muito mais decorrente do baixo desempenho de seus partidos, especialmente os pequenos e médios, que terão dificuldades em atingir 100% ou 80% do quociente eleitoral – condição indispensável para eleger representantes – do que propriamente do desempenho individual desses candidatos.