ESTAPAFÚRDIAS? É o nome da criação da Cia. Cirko Volonte. Será uma encenação que utiliza o virtuosismo do circo, teatro e música. Tudo para fazer um espetáculo que busca os sorrisos que escapam e,por causa deles, desde o dia 01 de março de 2012, está sendo preparada, ensaiada e treinada uma peça cômica com os atores Gustavo Bertin, Guilherme Padilha e Guilherme Bertin.
A remontagem e circulação do espetáculo “ESTAPAFÚRDIAS?” ocorrerá na cidade de Sumaré nos meses de maio, junho e julho de 2012. Serão 15 apresentações com estréia agendada para o dia 03 de Maio na escola E.M.F Dr.Leandro Francischi.
É um projeto aprovado pela Lei de Incentivo a Cultura, Lei Rouanet. Esta lei do Ministério da Cultura está contemplando a cidade com 6 apresentações em espaços públicos e 8 em escolas públicas.
Será uma oportunidade de vivenciar os prazeres relacionados as artes cênicas. Essa agenda visa formação de público e por isso tem o objetivo de apresentar em locais distintos do espaço cênico tradicional. A circulação deste espetáculo busca não só realização artística mas também uma contribuição social, estética e empreendedora para a cidade de Sumaré.
Toda criação artística é parte das transformações sociais que ocorrem nas sociedades. Podemos conferir essa afirmação na obra Cartas Sobre a Educação Estética da Humanidade,quando Friedrich Von Schiller trata didaticamente de uma busca para a realização do ideal de Cultura, ideal de criação artística. Manifestações culturais, sejam de memória histórica ou criação artística, são formas de expressões e definições da identidade de um povo fomentando pensamentos, formulações e estruturas morais. Percebemos os efeitos diretos da arte na nossa sociedade quando observamos capilaridade das novelas nos diálogos cotidianos. Aliás, não existe escola para educação sentimental. Assim os nossos sentimentos são uma verdadeira descoberta inesperada que só encontra colaboração nos fenômenos artísticos em geral. Voltando as colaborações sociais dos entretenimentos, ele também cria um mercado próprio gerando empregos em vários setores.
Assim, empreender em entretenimento é empreender para os cidadãos, para os trabalhadores, e por isso para as famílias. Nesse caso, vemos que o principal motivo para a iniciativa privada associar-se ao Estado nessas preocupações é apoiar o desenvolvimento e o aprimoramento dos cidadãos, é responsabilidade social.
Sabemos que os recursos simbólicos são componentes essenciais para o desenvolvimento de qualquer Nação. Através deles, os grupos que formam a sociedade participam e contribuem para o bem coletivo. Lembrando que Cultura também leva muito investimento para os cofres dos municípios que conhecem as vantagens econômicas deste setor.
Quem investe em Cultura é um parceiro do Estado no desenvolvimento econômico e social. As experiências de empresas, que sabem conhecem e aplicam a Lei Rouanet com regularidade,comprovam o retorno. É um tipo de contrapartida através do Marketing Cultural e Marketing de Relacionamento. Quem não gostaria de transformar o seu imposto num ativo?Além de tudo o patrocinador pode alcançar públicos e objetivos simbólicos que não é possível com outras ações. É uma ótima atitude de marca. É para empresas que demonstram suas preocupações com a saúde subjetiva dos cidadãos onde elas estão situadas.
Como Funciona o investimento? Como poderei seguir os passos da Cia. Cirko Volonte? Primeiro, o empreendedor cultural deve ter o seu projeto aprovado na Lei de Incentivo a Cultura 8313/91. É a Lei Rouanet. É simples; entre no site do Ministério da Cultura e preencha os dados do seu projeto. Ao ser aprovado, o projeto tem uma autorização para captar o recurso junto a iniciativa privada, recebe um número que se chama PRONAC. Este número permite que o empreendedor encontre um parceiro, o incentivador cultural -atenção, deve ser um parceiro que pague imposto em lucro real. Ele poderá deduzir e abater até 4% do seu imposto devido. Neste caminho o investidor tem direito a contra partida. O investidor também pode fazer uma doação. No caso de doação, pode ser deduzido até 6% do imposto devido. Por este caminho não há direito de contrapartida. No fim das contas, o patrocinador/investidor ou doador estará decidindo como será utilizado uma parte do seu imposto, que obrigatoriamente ele pagará para o governo. Sem usar a Lei Rouanet, é o governo que decide como usar o seu imposto completamente.
De certa maneira podemos considerar que, para o patrocinador, esta parte do imposto aplicada em Cultura tornar-se-á um ativo. Por conta deste cenário brasileiro, o Cirko Volonte encontrou uma solução monetária para o seu empreendimento artístico. Antes de tudo, é necessário uma visão de negócio, planejamento, pesquisa e tudo que manda a cartilha do SEBRAE no quesito empreendedorismo.
Claro que no fim das contas estamos falando de um setor em que o produto é feito de bens intangíveis, bens simbólicos, bens imateriais. É criatividade pura. Neste setor, percebe-se que não é a busca por recursos que move os artistas em geral. É a paixão e amor pela arte e pelo público. É tentar alcançar a relação entre a sociedade atual, o homem e seu interior, suas percepções, seus julgamentos e concepções mais íntimos. Por isso é sempre uma relação de transformação.
Os autores de projetos artísticos são pessoas preocupadas com uma parte do ser humano voltada para a imaginação. Por esse motivo que muitos momentos da vida ficam mais felizes ao escutarmos uma música ou vermos um filme, uma peça de teatro, um espetáculo de dança. Podemos considerar que o momento foi melhor por conta da colaboração psicológica daquela manifestação artística, que um dia foi criada por um artista ou um grupo deles.
O proponente desse projeto, Gustavo Bertin, considera que valorizar e conhecer a um pouco de arte é muito importante para a formação do ser humano, por isso escreveu uma proposta artística com o objetivo de encená-la também nas escolas. Desta maneira, além de contribuir para a fomentação do teatro e a valorização do espaço público, colabora com a formação educacional e estética dos atuais e futuros cidadãos da cidade de Sumaré.
A linguagem desenvolvida pelo grupo permite a compreensão do espetáculo por todos os públicos, todas as idades e, todos se entregam na fantasia. Para isso, a Cia. Cirko Volonte está trabalhando numa montagem autêntica, inteligente e divertida.
Criativo e atual,o espetáculo “ESTAPAFÚRDIAS” tem personagens excêntricos, truques de mágica, ilusões de palco, malabarismo e música ao vivo. Através de desafios lúdicos, busca sentimentos de cumplicidade e envolvimentos com a platéia. É atração para todas as idades e imaginações, todos os espaços. Vamos assistir esta peça e nos encantarmos com imaginações saudáveis e inesperadas!
One Comment
Anedina
O texto ficou bastante criativo…orientativo e explicativo, sugerindo maiores atenções para a arte cênica…..e principalmente pelaos governantes…..