O modelo econômico alemão já superou algumas crises e tem o crescimento per capita mais alto do mundo
Milagre do pós-guerra, a “economia social de mercado” alemã parece ser inabalável: superou as explosões nos preços do petróleo nos anos 1970 e 1980, o impacto da reunificação nos 1990, a recessão mundial de 2008-2009 e está passando firme pela atual crise que atinge a zona do euro.
Hoje, o país é um dos três maiores exportadores globais, tem o crescimento per capita mais alto do mundo desenvolvido e um índice de desemprego de 6,9%, bem inferior à média da eurozona, de 11,7%.
Segundo o professor Reint Gropp, presidente do Instituto Hall para a Investigação Econômica (IWH), da Alemanha, o modelo germânico se diferencia de forma muito clara do anglo-saxão dos Estados Unidos e do Reino Unido.
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Mas o que faz dele algo tão particular? Quais são os segredos de seu êxito?
“É um sistema baseado na cooperação e no consenso mais do que na competência, e que cobre toda a teia socioeconômica, desde o setor financeiro ao industrial e ao Estado”, explicou Gropp à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC.
Cooperação e capitalismo
A chamada “economia social de mercado” teve sua origem na Alemanha Ocidental do pós-guerra, que estava sob o governo democrata-cristão do chanceler Konrad Adenauer, e se manteve, desde então, como uma espécie de política de Estado.
Sebastian Dullien, economista do Conselho Europeu de Relações Exteriores, concorda que o consenso e cooperação estão presentes em todos as camadas da economia.
“No centro estão os sindicatos e os patrões, que coordenam salário e produtividade com o objetivo obter um aumento real dos rendimentos dos funcionários, além de manter os postos de trabalho. A integração é tal que, por lei, os sindicatos estão representados no conselho de administração, participam das decisões estratégicas nas empresas”, afirmou.
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No sistema financeiro, as cooperativas e os poderosos bancos públicos se encarregam de fazer com que o crédito alcance a todos, não importa o tamanho da empresa ou o quão distante ela fica de um centro econômico.
Essa filosofia permite superar uma das limitações do sistema anglo-saxão, no qual as pequenas e médias empresas, diferentemente das multinacionais, não têm acesso ao mercado de capitais e muitas vezes enfrentam dificuldades para se financiar.
“Os bancos públicos têm regras claras. Por exemplo: para favorecer o desenvolvimento local, podem emprestar para empresas de sua área, mas não para as de outras regiões. O governo tem representantes nestes bancos, e eles são fundamentais na tomada de decisões. Um princípio que rege sua política de crédito é a manutenção do emprego”, afirma Gropp.
‘Mittelstand’
Esse modelo está enraizado na história germânica.
A unificação nacional de 1871, sob Bismark, reuniu 27 territórios governados em sua maioria pela realeza e que haviam crescido rapidamente e de forma autônoma durante a Revolução Industrial.
Dessa semente histórica surgem as Mittelstand (pequenas e médias empresas), que, segundo os especialistas, formam 95% da economia alemã.
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Diferentemente do modelo anglo-saxão, centrado na maximização da rentabilidade para os acionistas (objetivo de curto prazo), as Mittelstand são estruturas familiares com planos a longo prazo, forte investimento na capacitação do pessoal, alto sentimento de responsabilidade social e forte regionalismo.
“A Alemanha é especialmente forte em empresas que têm umas 100 ou 200 pessoas. Com uma característica adicional: apesar de seu tamanho, muitas dessas firmas competem no mercado internacional e são exportadoras”, explica Dullien.
Exportações
Como consequência, a Alemanha tem figurado entre os três principais exportadores mundiais nas últimas décadas, uma prova da eficácia desse sistema para competir mundialmente com produtos tecnologicamente complexos, feitos por uma força de trabalho altamente qualificada e bem paga.
Enquanto o comércio mundial dominado por multinacionais que representam cerca de 60% de toda a movimentação global, na Alemanha as Mittelstand são responsáveis por 68% das exportações.
O setor automotivo, de maquinário, de eletrônicos e medicamentos estão entre seus pontos fortes.
Mas isso não se deve somente às Mittelstand.
Das 2.000 empresas com maior rendimento em todo o mundo, 53 são alemãs, entre elas marcas de grande tradição, como Bayer, Volkswagen e Siemens.
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A recuperação do doente
Sob o peso da reunificação, a Alemanha ganhou nos anos 1990 o apelido nada simpático de “doente da Europa”.
Era consenso que um sistema com altos salários e forte participação sindical não poderia sobreviver em um mundo governado por um conceito novo, a “deslocalização”.
Aproveitando-se de um mundo mais liberal e do fato de que as novas tecnologias das grandes empresas poderiam mudar de um país para outro em busca de maior rentabilidade, obtida com custos salariais menores, as empresas alemãs começaram a migrar pra outros pontos do mundo.
No entanto, no início deste século um governo social-democrata implementou uma série de reformas, classificadas por seus concorrentes de “neoliberais”, para reativar a economia nacional.
O remédio funcionou – a economia voltou a crescer. Mas teve um preço: aumento da pobreza, do subemprego e do “miniemprego”.
“O lado positivo é que o sistema mostrou um alto grau de adaptabilidade. Porém, as reformas da seguridade social e do mercado de trabalho aumentaram a pobreza e a desigualdade”, avalia Sebastian Dullien.
Futuro
Os desafios se acumulam. No curto prazo, os problemas na China afetam as exportações. No médio, a taxa de natalidade alemã não é suficiente para manter seu mercado de trabalho.
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Mas não se trata unicamente de uma ameaça externa ou de uma bomba-relógio demográfica.
Um estudo do Instituto Hall mostra que, mesmo em uma economia social de mercado, a interdependência de bancos, empresas e governo pode possibilitar situações de interferência política.
De acordo com a pesquisa, os bancos do Estado emprestam consideravelmente mais durante os anos eleitorais.
“Isso requer um modelo de governo melhor, que impeça a interferência política. Acredito que o sistema precisa de mais liberalização, não é possível que um banco estatal de Frankfurt não possa emprestar para outra região”, afirma Gropp, presidente do instituto.
“Estamos no meio de uma grande revolução tecnológica e a economia alemã não está respondendo como deveria porque tem uma estrutura rígida demais. O modelo foi excelente, mas é possível que seja anacrônico.”
No entanto, pode ser que mais uma vez o sistema alemão lance mão de sua extraordinária flexibilidade para sustentar um modelo que procura aliar capitalismo, altos salários e plena participação da força de trabalho.
mais sólida do mundoum modelo que procura aliar capitalismo, altos salários e plena participação da força de trabalho.
A última vez que a Austrália viu seu PIB cair foi em 1991. O que essa segurança econômica pode oferecer a quem vive no país? E por que a Austrália é um dos lugares mais procurados por imigrantes legais? |
Um quarto de século de crescimento constante. A última vez que a Austrália viu seu PIB (Produto Interno Bruto) cair foi em 1991. E o fato de a Austrália estar sem recessão há 25 anos é um dos motivos para o aumento do interesse pelo país. Só em 2015, segundo o departamento de imigração australiano, mais de 473 mil imigraram legalmente para a Austrália.
No fim do ano passado, dados divulgados pelo Australian Bureau of Statistics apontaram um crescimento econômico de 0,9% no trimestre fechado em setembro em comparação com o anterior e de 2,5% quando a análise é feita face ao mesmo mês do ano anterior. É um chamariz para quem deseja trabalhar como funcionário ou empreendedor ou estudar no país.
A Austrália soube administrar o próprio crescimento, com uma gestão fiscal austera e uma agenda de reformas, aponta MaCson Queiroz, agente especializado em imigração para a Austrália e diretor da M.Quality, empresa de Assessoria em Imigração e Negócios. A estabilidade da economia fez com que a Austrália tivesse um dos maiores índices de desenvolvimento humano do mundo ou seja, a qualidade de vida no país é inegável. A melhoria na educação, saúde, segurança é visível e colocou a Austrália no ranking dos melhores países para se viver, ele continua.
Melbourne, por exemplo, foi eleita pela Unidade de Inteligência da The Economist como a melhor cidade do mundo para se morar. Além de vários serviços públicos que funcionam, o sistema de transportes merece destaque, pois é eficiente e confiável. Economicamente mais acessível, esta cidade é destino de estudantes universitários todos os anos.
Além de todos os benefícios econômicos e sociais, outras vantagens também atraem os imigrantes, como a cordialidade do povo australiano, o clima agradável e as paisagens exuberantes, fazendo com que o imigrante acabe turistando pelo próprio país e injetando dinheiro na economia australiana.
O consultor imigratório também adiciona as facilidades que o governo australiano oferece para que o imigrante tire o seu visto: seja para empreender no país, seja para trabalhar.
Como proceder Para aumentar as chances de o candidato à imigração ser bem-sucedido, a primeira dica do consultor imigratório é ele se certificar de que é elegível ao visto australiano. Antes de iniciar o investimento, aconselho o futuro imigrante a fazer a avaliação de elegibilidade do visto, onde o perfil dele é analisado para definir se ele está apto para a categoria que pretende aplicar. Assim, ele evita complicações e atrasos futuros”, orienta o consultor imigratório.
Uma forma de conseguir o visto e não se perder em meio às exigências de documentos ou, pior, ter o visto recusado, é contratar os serviços de uma agência especializada em imigração com licença validada pelo governo australiano. A M.Quality disponibiliza em seu site o 1º. Passo Gratuito, um serviço gratuito do guia de elegibilidade que avalia se o candidato é elegível para uma das categorias de vistos que pretende requerer. Ao preencher o formulário no site, e sendo elegível a uma das categorias, ele recebe um convite para uma conversa com um dos consultores da empresa com o objetivo de informar o resultado e receber orientações e esclarecimentos para conseguir tirar seu visto com maiores chances de sucesso.
Sobre a M.Quality A M.Quality é uma empresa de Assessoria em Imigração e Negócios especializada em auxiliar com o visto e na ida legal de brasileiros para a Austrália. Há 14 anos no mercado, é a única agência brasileira de imigração que possui licença validada pelo governo australiano. A M.Quality nasceu em 2001 por meio do empreendedorismo de MaCson Queiroz, engenheiro eletrônico pela Escola de Engenharia Mauá (SP), ex-instrutor do SENAI-SP e consultor imigratório com mais de 14 anos de experiência no ramo. A empresa foi fundada na Austrália e mantém a sede no país, com um escritório no Brasil. O escritório está situado no número 4800 da avenida Magalhães de Castro, 14º andar, na cidade de São Paulo. Para mais informações, acesse: http://www.mquality.com.br/ e http://mqualitynews.blogspot.com.br/.
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Agência de Comunicação: Agência Comunicado Caroll Almeida/ Natália Pereira/ Cecilia Loreto Mack Tel.: + 55 (11) 3661-0361 / (11) 3297-9031 caroll@agcomunicado.com.br natalia@agcomunicado.com.br cloreto@agcomunicado.com.br |
Os coordenadores nacionais do Fórum Consultivo de Estados e Municípios do MERCOSUL (FCCR) se reuniram na capital do Paraguai (Assunção) para discutir e avaliar medidas que garantam mais integração entre estados e cidades do bloco sul-americano.
Eles aprovaram as propostas apresentadas pelo Brasil de criar um marco legal para criação das mercorregiões – áreas de cooperação das cidades de fronteiras – e de incentivar a formação de consórcios públicos entre essas cidades.
Essas propostas são resultado da reunião do grupo de trabalho sobre integração fronteiriça que aconteceu mês passado em Porto Alegre (RS).
Bruno Sadeck, assessor internacional da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República participou do encontro.
Ele avalia que essas ações são necessárias para fortalecer a cidadania regional e a integração nas fronteiras do MERCOSUL. “Temos a finalidade de construir uma realidade comum para o bloco respeitando a diversidade de cada País”, disse.
O FCCR também irá estimular a construção de uma posição pró-integração entre os profissionais da imprensa . No próximo mês será realizado um seminário internacional sobre o assunto voltado exclusivamente para os comunicadores. O FCCR também estará presente no 4° Colóquio Sul-americanos de Metrópoles (MSul) que será em Montevidéu (Uruguai) de 28 à 30 de outubro de 2015.
Fonte Portal Federativo
O programa foi avaliado nesta segunda-feira (28) durante o seminário “Desafios e possibilidade da cooperação internacional descentralizada: o legado do Programa Brasil Próximo”.
O seminário foi coordenado pela Subchefia de Assuntos Federativos da Presidência da República, com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), Governo de Brasilia e entidades de representação de municípios.
O programa investiu mais de R$ 14 milhões em projetos de desenvolvimento das potencialidades de cada localidade. O subchefe de assuntos federativo da Presidência, Olavo Noleto, afirmou que a cooperação com a Itália buscou reduzir as desigualdades regionais. “Desde os últimos 10 anos que o nosso desafio é fortalecer a capacidade de gerar e distribuir renda e esse programa nos ajudou muito nesse propósito”, disse.
O legado do Brasil Próximo
Entre os legados que o programa Brasil Próximo deixa para o País está a visibilidade internacional dos territórios brasileiros.
Um exemplo é o projeto de Valorização Turística da Serra da Mantiqueira (SP). Por meio de uma parceria com a região da Toscana (Itália), o programa articulou os municípios que compõem a região e criou uma agência para desenvolver os roteiros turísticos, além de um observatório do turismo.
A prefeita Daniela de Cássia de um dos municípios envolvidos, Monteiro Lobato (SP), participou do seminário e disse que o programa ajudou seu município a se “voltar para seu próprio território”.
“A região da Toscana ensinou os municípios da Serra da Mantiqueira a se organizarem em torno do seu principal potencial, o turismo”. Daniela de Cássia, prefeita de Monteiro Lobato (SP)
O Brasil Próximo também fomentou o turismo na região da Serra das Confusões, no Piauí, que abrange 12 municípios. Lá a parceria é com as regiões italianas de Marche e da Toscana.
Desafios da cooperação internacional descentralizada
O seminário também discutiu os desafios para estados e municípios de países diferentes cooperarem entre si. Segundo dados da pesquisa Munic (2012), do IBGE, apenas 2% do total de municípios brasileiros possuem área internacional. O Sul do País é a região do País com mais cidades atuando internacionalmente: 3,4% do total, seguido pelo Sudeste:2,6%.
O professor da Universidade Federal do ABC Paulista, Gilberto Rodrigues, lembrou que o Programa Brasil Próximo foi o primeiro a estabelecer um normativo sobre o tema por meio de protocolo adicional assinado entre Brasil e Itália em 2007, e homologado em 2010.
No entanto reconheceu que é preciso avançar na legislação para regulamentar as ações de cooperação internacional descentralizada (entre estados e municípios). “É necessário dispor de instrumentos que deem e segurança jurídica para essas ações”.
A proposta da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República é construir um marco jurídico para atuação internacional de prefeituras e governos estaduais. Uma proposta de decreto já está em discussão com os estados, municípios e entidades nacionais de representação federativa.
Fonte Portal Federativo
Governo discute cooperação entre municípios do Brasil e da Itália
Gestores municipais de todo o País podem participar do seminário que vai discutir o programa de desenvolvimento local “Brasil Próximo” firmado pelos governos brasileiro e italiano.
As lições aprendidas pelos municípios e regiões do Brasil e da Itália durante os seis anos de execução do programa de cooperação internacional “Brasil Próximo” serão apresentadas em Brasília no dia 28 de setembro.
O seminário “Desafios e Possibilidades da Cooperação Internacional Descentralizada: o legado do Programa Brasil Próximo” organizado pelo governo federal irá fazer um balanço das principais ações de desenvolvimento local viabilizadas pelo programa.
Podem participar gestores públicos dos três níveis de governo (federal, estadual e municipal) além de entidades da sociedade civil e demais interessados. Basta enviar e-mail para saf.internacional@presidencia.gov.br com nome completo, cidade e telefone.
Cooperação internacional descentralizada
Qual o papel de cada governo na promoção de parcerias entre estados e municípios de diferentes países? O que diz a legislação sobre essas parcerias? Quais as linhas de financiamento disponíveis? Estes são alguns dos questionamentos levantados na programação do seminário. Foram convidados especialistas e autoridades políticas do Brasil e da Itália para falar sobre estes assuntos.
O Brasil Próximo
O Programa Brasil Próximo é resultado de acordos entre os governos brasileiro e italiano para viabilizar projetos entre municípios e regiões de ambos os países. O objetivo é construir uma rede de troca de experiências para fortalecer o desenvolvimento local. Mais de 40 cidades brasileiras e cinco regiões italianas (Umbria, Marche, Toscana, Emilia-Romagna e Liguria) estão envolvidas.
Iniciativas de cooperação para o desenvolvimento local
Um dos projetos implementados pelo Brasil Próximo é o “Cadeia de produção do azeite extra virgem” também conhecido como “Olivais dos Pampas”. Trata-se de uma parceria entre municípios do Rio Grande do Sul e regiões italianas para promover o desenvolvimento econômico a partir do potencial agrícola das cidades gaúchas.
A parceria levou técnicos brasileiros até à Itália para um curso sobre produção do azeite de oliva , estimulou a compra de equipamentos para a extração e análise do azeite, e implantou unidades de cultivo de oliveiras.
Outras parcerias motivadas pelo programa são: Valorização Turística da Região da Serra das Confusões que envolve os 12 municípios do Piauí e as regiões da Toscana e de Marche; e Apoio ao Desenvolvimento Econômico Integrado da Região do Alto Solimões, com abrangência em toda a região no Amazonas, em conjunto com a região italiana de Liguria.
Realização e Parceiros
O seminário “Desafios e Possibilidades da Cooperação Internacional Descentralizada: o legado do Programa Brasil Próximo” é realizado pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SAF/SRI/PR) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Como apoiadores estão o Fórum Nacional de Secretários e Gestores Municipais de Relações Internacionais (FONARI), a Associação Brasileira de Municípios (ABM), a Confederação Nacional de Municípios (CNM), e a Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
PROGRAMAÇÃO SEMINÁRIO:
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DACOOPERAÇÃO INTERNACIONAL DESCENTRALIZADA”O LEGADO DO PROGRAMA BRASIL PRÓXIMO”
28 de setembro de 2015(segunda feira)
09h00 – 09h30
Solenidade de abertura do evento
Autoridades brasileiras e italianas presentes0
9h30 – 10h00
Projeção de documento audiovisual do Brasil PróximoMarina Sereni – Coordenadora Técnica do Programa Brasil Próximo
10h00 – 11h00
Lições aprendidas e o legado do Programa Brasil PróximoCristina Sampaio – Coordenadora brasileira do Brasil PróximoHelena De Lorenzo – Coordenadora do Projeto Centro Paulista (SP)Moderação: Agencia Brasileira de Cooperação/MRE
11h00 – 11h15
Intervalo
11h15 – 12h00
O futuro da cooperação entre o Brasil e a ItáliaGiampiero Rasimelli – Coordenador Geral do Brasil PróximoRepresentante das regiões italianasRepresentante da Frente Nacional de PrefeitosModeração: Subchefia de Assuntos Federativos/SRI
12h00 – 13h00
Debate aberto público
13h00 – 14h00
Almoço
14h00 – 15h00
1º PAINEL – O papel dos governos locais e dos diferentes atores do territórioBruno Quick – Gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Nacional.José Augusto Guarnieri Pereira – Secretário de Administração e ModernizaçãoAdministrativa do Município de São Bernardo do Campo (SP)Liliana Froio – Professora da Universidade Federal da Paraíba (PB).
15h00 – 16h00
2º PAINEL – Arcabouço jurídico e linhas de financiamento para a cooperaçãodescentralizadaCláudio Puty – Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do PlanejamentoOrçamento e GestãoGilberto Rodrigues – Professor da Universidade Federal do ABC (SP)Marcus Vinicius Rego – Gerente Nacional de Segmentos de Governo da Vice-Presidênciade Governo da CAIXA
16h00 – 17h00
3º PAINEL – A cooperação descentralizada como vetor de mudançasdemocráticas nos processos de desenvolvimento local e inovaçõesterritoriais (Agenda Pós 2015)Milton Rondó Filho – Coordenador-Geral de Ações Internacionais de Combate aFome do Ministério das Relações ExterioresSergio Azevedo Fonseca – Professor da Universidade Estadual Paulista (SP)Vicente Y Pla Trevas – Secretário de Relações Internacionais e Federativas doMunicípio de São Paulo – SP
17h00 – 18h00
Debate aberto ao público
18h00Encerramento
Fonte
Contatos: 61 9676 7759
Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SAF/SRI/PR) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
Sinan Nabir foi resgatado por guarda costeira grega no meio do caminho entre Bodrum, na Turquia, e ilha grega de Kos
Sinan Nabir foi resgatado por guarda costeira grega no meio do caminho entre Bodrum, na Turquia, e ilha grega de Kos; caso ilustra desespero de milhares de sírios, iraquianos e afegãos que buscam recomeçar suas vidas na Europa.
Fazia quase sete horas que Sinan Nabir nadava no mar Egeu, da Turquia à Grécia, debaixo de um céu sem nuvens e um calor de 33 graus, quando dois barcos da guarda costeira – um turco, outro grego – se aproximaram para detê-lo.
“Os turcos me seguiram por uns trezentos metros. Queriam me levar de volta a Bodrum. Eu disse: ‘eu me afogo, mas não volto’. Preferia morrer ali mesmo”, lembra o franzino refugiado sírio de 51 anos, um dia depois de chegar à ilha grega de Kos, porta de entrada para as milhares de pessoas que, como ele, estão buscando uma vida segura na União Europeia.
Originário de Damasco, Nabir abandonou a Síria há dois anos, depois de que uma bomba lançada pelo Exército do presidente Bashar Al-Assad destruiu parte do bairro onde vivia, na periferia.
Instalou-se em Sharm el-Sheikh, um dos principais destinos turísticos do Egito, no Mar Vermelho, mas ações extremistas creditados ao grupo autodenominado “Estado Islâmico” (EI) na região o convenceram a emigrar outra vez.
“Sim, tive medo. Mas pensei: se eu morrer, eu morro. Que diferença faz morrer lá (na Síria ou no Egito) e morrer no mar? Que seja o que Deus quiser. Eu quero viver, mas pra isso preciso chegar à Europa. Tenho 51 anos, não tenho filhos, não tenho nada a perder”, diz à BBC Brasil, recordando a jornada em alto-mar.
“Hoje é meu primeiro dia de vida. Antes eu estava morrendo.”
A distância de Bodrum a Kos pelo mar é de cerca de 22 quilômetros – para efeito de comparação, a parte mais estreita da travessia entre Inglaterra e França pelo canal da Mancha tem 33 quilômetros.
As patrulhas da Grécia e da Turquia discutiram durante alguns minutos sobre a quem cabia a responsabilidade sobre o estranho nadador encontrado a meio caminho entre os dois países, até que os oficiais gregos aceitaram que Nabir subisse a bordo e o levaram a Kos.
Fraco e desidratado, o homem foi registrado pelas autoridades e conduzido ao hospital local, mas não precisou receber tratamento e, duas horas mais tarde, ao cair da noite, se juntou às centenas de refugiados que dormem nas ruas da ilha grega.
Desespero
Os primeiros turistas ainda não haviam chegado à praia do balneário turco de Bodrum e a guarda costeira estava ocupada com os botes clandestinos detidos durante a madrugada quando Nabir se lançou ao mar, na manhã de 29 de agosto, equipado com um par de pés de pato e um colete salva-vidas comprados na véspera em uma loja do passeio marítimo.
“Quando eu me cansava, deitava de costas e relaxava, olhando o céu”, conta à BBC Brasil.
De sua vida anterior, levava apenas a cueca, os óculos brancos e a carteira de identidade síria embrulhada em um plástico dentro de uma pochete amarrada à cintura.
Ele havia usado todas suas economias para comprar uma passagem de avião de Sharm el-Sheikh, onde trabalhava como cozinheiro, até Istambul, na Turquia, onde tentou se estabelecer durante dois meses.”Não consegui aprender turco e pouca gente fala inglês na Turquia. Eu não podia ficar lá. Não tinha trabalho”, assegura.
O trajeto em ônibus de Istambul a Bodrum e os preparativos para a travessia a Kos deram conta do pouco dinheiro que lhe restava.
“A viagem de barco custa cerca de 1,2 mil euros (R$ 4,8 mil). Eu não tinha esse valor. Por isso, há dois dias eu decidi que teria que vir nadando”, afirma, vestido com uma camiseta branca e uma calça jeans doados pelo hospital de Kos.
Os tênis vermelhos, a mochila e os braceletes de cordão foram presentes de uma família italiana que havia passado por ele em alto-mar e voltou a encontrá-lo um dia depois, já em terra firme.
Esperança
Nabir diz que confia na solidariedade de outros turistas e de refugiados para reunir os 57 euros necessários para a passagem de ferry boat para Atenas, de onde pretende seguir viagem até a Alemanha, atravessando a Macedônia, a Sérvia, a Hungria e a Áustria.
“Pedi a um amigo e ele me deu cinco euros, outro deu mais cinco. Amanhã talvez eu possa pegar o ferry. Se não conseguir dinheiro, vou achar outro caminho. Preciso ir à Alemanha”, insiste.
A guarda costeira de Kos confirmou a história de Nabir e afirmou que já resgatou uma dezena de refugiados atravessando o mar Egeu a nado.
Por outro lado, se recusou a dar detalhes sem uma autorização por escrito do Ministério do Interior grego, que tarda semanas em chegar.
“(A travessia) é muito difícil, mas não é impossível. Em alguns pontos da costa, a distância (entre Bodrum e Kos) diminui para 5 quilômetros. Quem tenta nadar costuma procurar essa região”, explicou à BBC Brasil um oficial da marinha grega que pediu para não ser identificado.
“As pessoas não têm dinheiro e estão desesperadas”, disse outra oficial sob condição de anonimato.
Nabir espera que o Estado alemão o ajude a começar uma vida nova, trabalhando como cozinheiro ou professor de inglês ou árabe. “Se Deus quiser”, ao lado de uma antiga namorada alemã que ele conheceu há dez anos em Dubai.
“Quem sabe minha aventura entre para o livro dos recordes”, sorri.
Fonte IG
Iniciativa de encontro com os estudantes partiu do próprio político.
‘Liberdade não se vende, se ganha fazendo algo pelos demais’, disse.
Um encontro de jovens com o ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, lotou o anfiteatro – também conhecido como Concha Acústica – da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) na noite desta quinta-feira (26). O evento terminou às 20h30 e Mujica se despediu tirando uma foto à frente dos quase 5 mil participantes que estiveram no local.
Devido à lotação do espaço, a Uerj colocou um telão em um estacionamento próximo ao anfiteatro, para que outras pessoas pudessem assistir à palestra. O local também ficou lotado.
O ex-presidente do Uruguai veio ao Brasil a convite da Federação de Câmaras de Comércio e Indústria da América do Sul (Federasur) para um seminário fechado que aconteceu pela manhã.
A iniciativa de realizar o encontro com os estudantes partiu do próprio político, que foi ovacionado pelo público ao ser anunciado no microfone, por volta das 18h30 (veja no vídeo abaixo). Ele demonstrou muita simpatia e discursou logo após sua apresentação. O ex-presidente tornou o Uruguai um dos países de legislação mais avançadas em relação às drogas.
O ex-presidente respondeu perguntas sobre diversos temas, como o que pensa sobre “movimentos golpistas” na América do Sul, os maiores desafios da América Latina atualmente, opinou sobre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Os participantes também quiseram saber quem são os exemplos históricos e os livros que mudaram a percepção de vida de Mujica. “Queridos, a vida é um livro aberto”, brincou.
Confiança
“Necessitamos de confiança. Temos que aprender que a mensagem é uma: nós podemos andar em um fusca. Somos consequência do interesse do nosso povo […] O problema mais grave da América Latina é a desigualdade. Temos que ter recurso e isso se chama política fiscal. Na América do Sul o rico não paga quase nada”, disse para a plateia.
“O mundo está se agrupando em gigantescas unidades. A União Europeia está criando uma fabulosa unidade de capital. Qual é nosso destino, ser compradores de conhecimento de ponta? Que a batalha para liberdade seja também no campo da investigação”, declarou.
Mujica também foi questionado sobre a redução da maioridade penal. Ele afirmou que “não considera um caminho ideal”. Perguntado se o Brasil teria capacidade para legalizar as drogas, ele se ateve a falar sobre sua experiência com o tema enquanto foi presidente do Uruguai.
“Nós temos que pensar como espécie e não como países. E isso engloba o mundo inteiro. Os pobres da África não são da África, são do mundo inteiro. Os homens que atravessam o Mediterrâneo são nossos. Todos são nossos conterrâneos. A liberdade não se vende, se ganha fazendo algo pelos demais”, disse o ex-presidente.
Feijoada e rabada
Durante a tarde, Mujica almoçou no Bar do José, na esquina das ruas Barão de Ubá e Santa Amélia, na Tijuca, Zona Norte. No restaurante, foi servido feijoada, rabada com agrião, cerveja e caipirinha.
A clientela ficou surpresa ao se deparar com o ex-presidente na hora do almoço, como noticiou o jornal “O Dia”.
O ex-presidente ainda esteve na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) pela manhã. O elevador da ABI deu um susto nos jornalistas que cobriam o evento. Ele teria descido até o poço devido ao excesso de passageiros, segundo a assessoria de imprensa do local.
Fonte G1
Entre abril e junho de 2015, PIB caiu 0,4% frente ao primeiro trimestre.
Caíram o consumo residencial e os investimentos não residenciais.
A atividade econômica registrou contração durante o segundo trimestre no Japão, um revés para o governo do primeiro-ministro Shinzo Abe que, segundo os analistas, agora terá que pisar no acelerador das reformas. Em ritmo anual, o PIB caiu 1,6%.
O consumo residencial, ponto frágil da economia nipônica, apesar de representar quase 60% do PIB, caiu 0,8% no mesmo período, depois de uma alta de 0,4% durante os três primeiros meses do ano.
Os investimentos não residenciais das empresas caíram 0,1%, depois de uma alta de 2,8% no primeiro trimestre.
O comércio exterior também contribuiu negativamente para a evolução do PIB (-0,3 ponto), enquanto as exportações da terceira economia mundial registraram queda de 4,4%.
O país registrou assim o primeiro retrocesso desde o terceiro trimestre de 2014. Na ocasião, a economia nipônica caiu temporariamente em recessão, após o aumento do IVA de 5% a 8% em abril de 2014, medida que complicou a recuperação.
O país encontrou depois o caminho do crescimento e a alta chegou a 1,1% no primeiro trimestre de 2015 (segundo dados revisados) mas o consumo residencial reduzido evidencia a fragilidade da recuperação.
O primeiro-ministro conservador Shinzo Abe tenta há mais de dois anos estimular a economia com uma estratégia conhecida como “Abenomics” – estímulo fiscal, flexibilização monetária e reformas estruturais -, mas seus esforços têm dificuldades para dar frutos.
Fonte G1
Milhares de imigrantes tentaram, nos últimos dias, atravessar o Eurotúnel, que liga a França ao território britânico sob o Canal da Mancha. A maioria deles, passou ou ainda está em um acampamento montado nas proximidades do porto de Calais, apelidado de “A Floresta”.
Hoje, no local, vivem mais de 3.000 pessoas em condições precárias, inclusive mulheres e crianças. Eles sobrevivem da ajuda que recebem de instituições de caridade e de voluntários.
De acordo com informações do site DailyMail, eles afirmam que viviam em “situação pouco melhor que a de um presídio”.
Veja mais imagens a seguir
Fonte R7
Foto: Reprodução/DailyMail
Reforma trabalhista e das aposentadorias estão entre principais exigências.
Credores também pedem privatizações e aumento de impostos.
Os líderes da zona do euro chegaram nesta segunda-feira (12) a um acordo para negociar um novo programa de resgate para a Grécia. As exigências impõem ao governo de Alexis Tsipras uma série de duras medidas e representa grandes sacrifícios para a exausta economia do país. Elas incluem o aumento de impostos, a reformas no sistema previdenciário e o aumento do programa de privatizações. (Veja a lista de exigências abaixo)
O Parlamento grego ainda precisa aprovar as exigências para que o acordo seja realmente fechado. Se aprovar as medidas, a Grécia vai receber seu terceiro pacote de resgate em cinco anos, o que daria fôlego para o país saldar parte do que deve aos credores.
Os líderes decidiram, por unanimidade, iniciar negociações com a Grécia com o objetivo de manter o apoio financeiro ao país, permitindo – se forem feitas as reformas necessárias – que os gregos se mantenham na zona do euro.
De acordo com o documento, o programa de financiamento grego ficaria entre € 82 bilhões e € 86 bilhões. Em grave crise, a Grécia tem dívidas superiores a 150% de seu Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de tudo o que é produzido no país.
Cúpula de emergência
“A reunião alcançou por unanimidade um acordo. Está tudo pronto para um programa de ajuda para a Grécia”, informou presidente do Conselho da União Europeia (UE), Donald Tusk. O Parlamento grego ainda terá de aprovar as reformas exigidas para que as negociações sigam adiante.
“O ‘Euro Summit’ salienta a necessidade crucial de reconstruir a confiança com as autoridades gregas como um pré-requisito de um possível futuro acordo para o programa [de ajuda financeira] ESM [Mecanismo de Estabilização Europeia]”, diz o Conselho Europeu, por nota.
Tusk afirmou que a ajuda financeira será dada mediante o compromisso do governo grego de levar adiante “sérias reformas” econômicas. Ainda não foram divulgados detalhes do acordo, mas é esperado que os gregos anunciem até quarta-feira (15) um pacote de reformas econômicas exigidas pela União Europeia.
Veja o que exige o Eurogrupo para a Grécia receber o 3º pacote de ajuda:
1. Pedir ajuda contínua ao Fundo Monetário Internacional (FMI), já que o atual programa expira no começo de 2016.
2. Ajustar o imposto ao consumidor e ampliar a base de contribuintes para aumentar a arrecadação do estado. Estas mudanças deverão ser aprovadas até esta quarta-feira (15).
3. Fazer reformas múltiplas no sistema de aposentadorias e pensões para torná-lo financeiramente viável. As reformas iniciais deverão ser aprovadas até esta quarta-feira (15), e outras em outubro.
4. Garantir a independência do sistema de estatísticas do país, responsável por divulgar dados econômicos e populacionais.
5. Criar leis até que assegurem “cortes de gastos quase automáticos” se o governo não cumprir com suas metas de superávit fiscal. Estas leis devem ser criadas até quarta-feira.
6. Reformar o sistema de justiça civil até 22 de julho, para torná-lo mais eficiente e reduzir gastos.
7. Fazer reformas comerciais que permitam abrir estabelecimentos comerciais aos domingos e ampliar os horários de vendas, entre outras.
8. Privatizar o setor elétrico, a menos que se encontre medidas alternativas com o mesmo efeito.
9. Reformar o sistema trabalhista. Isso inclui revisar negociações coletivas e regulamentações de demissões coletivas.
10. Reduzir a oferta de crédito de alto risco e regulamentar o sistema bancário.
11. Aumentar de forma importante o programa de privatizações com a transferência de € 50 bilhões em ativos gregos a fundos independentes com sede na Grécia.
12. Modernizar, fortalecer e reduzir os gastospara o governo grego, com uma primeira proposta que deverá ser feita até 20 de julho.
13. Permitir que a troika – Banco Central Europeu, FMI e Comissão Europeia – volte a Atenas. O governo deve consultar estas instituições para fazer todas as reformas relevantes antes de submetê-las à consulta pública ao Parlamento.
14. Voltar a examinar, e se for o caso mudar, as leis aprovadas nos últimos seis meses que podem ter levado ao retrocesso dos programas de resgate anteriores.
Empréstimo-ponte
Os ministros das Finanças da zona do euro vão discutir, ainda nesta segunda, como manter a Grécia financiada até chegar a um entendimento sobre o terceiro resgate, mas nenhuma das opções sob consideração parece fácil, disseram autoridades.
“A grande questão para hoje é ir para o empréstimo-ponte, e eu prevejo que essas negociações serão muito difíceis porque não vejo muitos países com um mandato para dar dinheiro sem qualquer condição”, disse o ministro das Finanças da Finlândia, Alexander Stubb.
Empréstimo-ponte (bridge loan, em inglês) é um tipo de financiamento temporário de curta duração, até que se consiga definir um financiamento de prazo mais longo.
Na próxima segunda-feira (20), a Grécia precisará de € 3,5 bilhões para resgatar títulos que estão vencendo e que são detidos pelo Banco Central Europeu (BCE). Também é preciso resolver suas obrigações já vencidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
‘Quem vai ajudar’
O programa de ajuda à Grécia, existente desde 2012 e que expirou no último dia 30 de junho, havia sido firmado por meio de um mecanismo criado pelos europeus para ser temporário, conhecido como EFSF.
A Grécia ainda tinha € 1,8 bilhão a receber por meio desse mecanismo, mas o governo recusou as condições de austeridade impostas, que incluíam aumento de impostos e cortes nas aposentadorias.
Após a cúpula de líderes europeus em Bruxelas, um comunicado adverte quais são as exigências mínimas para que as negociações do resgate sejam bem-sucedidas.
Com o prolongamento da crise na Europa, o EFSF foi substituído pelo Mecanismo de Estabilização Europeia (ESM, na sigla em inglês), que é permanente e o único canal para novas ajudas das instituições europeias a países em crise. Por isso, o novo pedido grego de ajuda foi direcionado para o ESM.
RESUMO DO CASO
– A Grécia enfrenta uma forte crise econômica por ter gastado mais do que podia.
– Essa dívida foi financiada por empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do resto da Europa.
– Em 30 de junho, venceu uma parcela de € 1,6 bilhão da dívida com o FMI. Então, o país entrou em “default” (situação de calote), o que pode resultar na sua saída da zona do euro. Essa saída não é automática e, se acontecer, pode demorar. Não existe um mecanismo de “expulsão” de um país da zona do euro.
– Como a crise ficou mais grave, os bancos estão fechados para evitar que os gregos saquem tudo o que têm e quebrem as instituições.
– A Grécia depende de recursos da Europa para manter sua economia funcionando. Os europeus, no entanto, exigem que o país corte gastos e aumente impostos para liberar mais dinheiro. O prazo para renovar essa ajuda também venceu em 30 de junho
– Em 5 de julho, os gregos foram às urnas para decidir se concordam com as condições europeias para o empréstimo, e decidiram pelo “não”
– Os líderes europeus se reuniram esta semana para discutir a situação grega e deram um ‘ultimato’ ao governo grego, exigindo uma proposta até dia 9 de julho
– A Europa pressiona para que a Grécia aceite as condições e fique na zona do euro. Isso porque uma saída pode prejudicar a confiança do mundo na região e na moeda única.
– Para a Grécia, a saída do euro significa retomar o controle sobre sua política monetária (que hoje é “terceirizada” para o BC europeu), o que pode ajudar nas exportações, entre outras coisas, mas também deve fechar o país para a entrada de capital estrangeiro e agravar a crise econômica.
Fonte G1