Em sua participação no Congresso em Foco Podcast, a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG), coordenadora da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas trouxe seu relato da reação de produtores rurais à aprovação do projeto de lei do marco temporal, promulgado em dezembro de 2023 pelo Congresso Nacional. De acordo com ela, diversas comunidades indígenas foram imediatamente abordadas com violência.
A deputada narrou um episódio vivenciado pelo seu próprio povo, no norte de Minas Gerais. “Logo que aprovaram o marco temporal, os caciques receberam visitas de fazendeiros, de ruralistas falando ‘o marco temporal foi aprovado, eu nem estou com arma na sua cabeça ameaçando, mas desocupem meu território’”, relembrou. Parte da terra indígena Xakriabá foi demarcada em 2003, tornando-a parte das áreas afetadas pela lei, cuja constitucionalidade é contestada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em sua participação no Congresso em Foco Podcast, a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG), coordenadora da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas trouxe seu relato da reação de produtores rurais à aprovação do projeto de lei do marco temporal, promulgado em dezembro de 2023 pelo Congresso Nacional. De acordo com ela, diversas comunidades indígenas foram imediatamente abordadas com violência.
Confira a íntegra da entrevista:
A deputada narrou um episódio vivenciado pelo seu próprio povo, no norte de Minas Gerais. “Logo que aprovaram o marco temporal, os caciques receberam visitas de fazendeiros, de ruralistas falando ‘o marco temporal foi aprovado, eu nem estou com arma na sua cabeça ameaçando, mas desocupem meu território’”, relembrou. Parte da terra indígena Xakriabá foi demarcada em 2003, tornando-a parte das áreas afetadas pela lei, cuja constitucionalidade é contestada no Supremo Tribunal Federal (STF).
O marco temporal é a tese jurídica de que só são válidas as demarcações de reservas indígenas ocupadas na data da promulgação da Constituição, em 1988. O critério, de forte interesse do agronegócio, revoga cerca de 50% das terras indígenas no Brasil, parcela relativa às que se encontravam em processo de homologação, muitas delas visando amparar comunidades que foram expulsas de seus locais de origem ao longo da ditadura militar. O STF o considerou como inconstitucional em 2023, mas logo em seguida o Congresso Nacional o transformou em projeto de lei, aprovado com ampla maioria nas duas Casas legislativas.
“Estávamos no período de recesso, eu em Belo Horizonte, quando sou surpreendida com o assassinato da pajé Nega Pataxó com o ataque a Nailton Pataxó. Imediatamente a ministra Sônia Guajajara [Povos Originários] me chamou e eu fui diretamente para lá. Foi um dos velórios mais tristes da minha vida”, contou a parlamentar.
Célia Xakriabá foi uma das principais articuladoras na Câmara dos Deputados para tentar impedir a aprovação do projeto, e chama atenção pelo fato de o marco temporal ter avançado com a promessa de segurança jurídica ao redor da demarcação de terras indígenas. O resultado, de acordo com a parlamentar, foi o contrário. “O que nós vimos na verdade foi uma guerra no campo”, apontou.
A parlamentar é uma das lideranças que atuam no STF para considerar inconstitucional a nova lei. Ela teme que seus efeitos se agravem ao longo do tempo. “Se o marco temporal continuar em curso, todo o processo de violência letal aos povos indígenas vai aumentar ainda mais, como o retrato do que aconteceu no sul da Bahia ou no Mato Grosso do Sul”.
Nova tecnologia de TV 3.0 conectará canais abertos com a internet
Anúncio é do ministro das Comunicações, Juscelino Filho
Publicado em 03/04/2024 – 09:33 Por Fabiola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil – Brasília
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O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, antecipou – durante participação no programa Bom Dia Ministro, do canal Gov, veículo da EBC – o anúncio da evolução da TV Digital para um novo padrão tecnológico chamado TV 3.0, a ser lançado em Brasília, nesta quarta-feira (3). A novidade promete mais qualidade de imagem e acesso facilitado pela conectividade.
“O grande diferencial vai ser justamente a questão da integração da transmissão da televisão com uma melhor qualidade de imagem, qualidade de som, com a conectividade, com a internet, com a banda larga” afirmou.
Segundo o ministro, o Brasil ainda é um dos maiores mercados consumidores da televisão aberta no mundo e a forma de acesso a esse canal de comunicação será revolucionada com a mudança. A tradicional escolha de canais será substituída por aplicativos que disponibilizarão conteúdo, tanto ao vivo como por demanda, tornando a navegação mais interativa.
Juscelino Filho disse ainda que essa interatividade vai proporcionar também novas oportunidades de negócios, por meio da oferta e consumo de propagandas, marketplace (ambiente de compra e venda) e ambiente de compras.
De acordo com o ministro, até o final de 2024 deverá ser definida a tecnologia a ser adotada. Com isso, a indústria deverá atuar na produção de equipamentos e conversores para que seja efetivada a integração dos sinais abertos com a internet. A migração será gradativa e terá início nas grandes capitais, onde o sinal será disponibilizado inicialmente.
Parceria
O ministro das Comunicações também destacou a parceria entre os Correios e Caixa para viabilizar a oferta de serviços como solicitação de seguro-desemprego, questões relacionadas ao Bolsa Família, Programa de Integração Social (PIS), FGTS e pagamento do INSS.
Ele disse que essa parceria vai facilitar o acesso das populações que precisam percorrer grandes distâncias em busca de atendimento. “Estamos, através da parceria, usando toda a capilaridade que os Correios possuem para poder ser um vetor para que esses programas, essas ações sociais do governo, estejam mais perto da população”, observou.
A iniciativa teve início com uma experiência piloto, implantada em dezembro de 2023, na cidade de Peixe-Boi, no estado do Pará. Atualmente, o Ministério das Comunicações trabalha na adaptação dos sistemas para que a parceria chegue em todas as cidades do Brasil. Segundo o ministro, uma nova etapa deverá ser anunciada oficialmente quando os serviços estiverem em pleno funcionamento e disponibilidade em todo o país.
No topo de uma árvore de 32 metros de altura se esconde uma sala de aula na Amazônia peruana. Ali, jovens locais aprendem mais sobre essa região – rica em biodiversidade, mas ameaçada por extração ilegal de madeira e pela mineração.
Por Deutsche Welle
Escola no Peru fica no topo de uma árvore da floresta amazônica. — Foto: Deutsche Welle
Em uma das regiões mais remotas e ricas em biodiversidade do mundo, se esconde uma sala de aula inusitada.
🌳 Ela fica no topo de uma árvore de 32 metros de altura da floresta amazônica, em Madre de Dios, no Peru.
Ali, jovens de comunidades locais aprendem mais sobre essa região, que é ameaçada por extração ilegal de madeira e pela mineração.
Além de dar aos estudantes novas oportunidades de trabalho, longe da extração de madeira e da mineração, a escola também ajuda a reduzir a evasão escolar, muito comum na região entre adolescentes de 11 e 12 anos.
No topo de uma árvore de 32 metros de altura se esconde uma sala de aula na Amazônia peruana. Ali, jovens locais aprendem mais sobre essa região – rica em biodiversidade, mas ameaçada por extração ilegal de madeira e pela mineração.Escola no Peru fica no topo de uma árvore da floresta amazônica. — Foto: Deutsche Welle
Em uma das regiões mais remotas e ricas em biodiversidade do mundo, se esconde uma sala de aula inusitada.
🌳 Ela fica no topo de uma árvore de 32 metros de altura da floresta amazônica, em Madre de Dios, no Peru.
Ali, jovens de comunidades locais aprendem mais sobre essa região, que é ameaçada por extração ilegal de madeira e pela mineração.
Além de dar aos estudantes novas oportunidades de trabalho, longe da extração de madeira e da mineração, a escola também ajuda a reduzir a evasão escolar, muito comum na região entre adolescentes de 11 e 12 anos.
A estrutura da escola foi montada com árvores amazônicas que caíram naturalmente. Ela é alimentada por energia solar e tem internet de alta velocidade via satélite.
O local também funciona como parada turística, que oferece uma estadia em plena floresta.
Estudo coletou amostras de cabelo de 287 indígenas do subgrupo Ninam, do povo Yanomami, e apontou que todos eles vivem sob exposição do metal altamente tóxico ao ser humano, e que é usado em garimpos ilegais. Pesquisa foi realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Socioambiental (ISA).
Pesquisadores da Fiocruz estiveram em comunidades na Terra Yanomami — Foto: Fiocruz/Divulgaç
Indígenas de nove comunidades da Terra Indígena Yanomami têm alto nível de contaminação por mercúrio, alerta um novo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Socioambiental (ISA). A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (4), aponta que 94% dos indígenas que participaram da pesquisa estão contaminados pelo metal pesado.
O estudo coletou amostras de cabelo de 287 indígenas do subgrupo Ninam, do povo Yanomami, e revelou que os indígenas que vivem em aldeias mais próximas aos garimpos ilegais têm os maiores níveis de exposição ao mercúrio.
As comunidades que participaram da pesquisa ficam às margens do Rio Mucajaí, um dos mais impactos pelo garimpo ilegal na Terra Yanomami. Localizada no Amazonas e em Roraima, o território abriga 31 mil indígenas, que vivem em 370 comunidades.
➡️ O povo Yanomami é considerado de recente contato com a população não-indígena e se divide em seis subgrupos de línguas da mesma família, designados como: Yanomam, Yanomamɨ, Sanöma, Ninam, Ỹaroamë e Yãnoma.
🔎 As amostras foram coletadas em outubro de 2022 nas comunidades Caju, Castanha, Ilha, Ilihimakok, Lasasi, Milikowaxi, Porapi, Pewaú e Uxiú, todas na região do Alto Rio Mucajaí. A escolha das aldeias atendeu um pedido da Texoli Associação Indígena Ninam.
Das 287 amostras de cabelo examinadas, 84% registraram níveis de contaminação por mercúrio acima de 2,0 μg/g (micrograma). Outros 10,8% ficaram acima de 6,0 μg/g. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os níveis de mercúrio em cabelo não devem ultrapassar 1 micrograma por grama.
Pesquisadores coletaram amostras de cabelo — Foto: Fiocruz/Divulgação
⚠️ Os pesquisadores destacam que indígenas com níveis mais elevados de mercúrio apresentaram déficits cognitivos e danos em nervos nas extremidades, como mãos, braços, pés e pernas, com mais frequência.
“Esse cenário de vulnerabilidade aumenta exponencialmente o risco de adoecimento das crianças que vivem na região e, potencialmente, pode favorecer o surgimento de manifestações clínicas mais severas relacionadas à exposição crônica ao mercúrio, principalmente nos menores de 5 anos”, explica o coordenador do estudo, Paulo Basta, médico e pesquisador da Fiocruz.
Mercúrio usado em garimpos. — Foto: Ipen/Divulgação/Arquivo
O estudo “Impacto do mercúrio em áreas protegidas e povos da floresta na Amazônia: uma abordagem integrada saúde-ambiente” também realizou a coleta de células de mucosa oral, o que totalizou cerca de 300 pessoas analisadas.
Todos os examinados, incluindo homens, mulheres, crianças, adultos e idosos apresentaram níveis de mercúrio no corpo.
Além da detecção do mercúrio, a pesquisa fez exames clínicos para identificar doenças crônicas não transmissíveis, como transtornos nutricionais, anemia, diabetes e hipertensão.
Ao cruzar os dados, foi observado que, nos indígenas com pressão alta, os níveis de mercúrio acima de 2,0 μg/g são mais frequentes do que nos indígenas com pressão arterial normal.
As 9 comunidades analisadas (veja mapa abaixo), no entanto, não são as únicas afetadas pela contaminação por mercúrio.
Em outra pesquisa, divulgada em 2016, a Fiocruz já havia revelado o alto nível de mercúrio entre os Yanomami.
Dário Kopenawa, vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami (HAY), explica que o novo estudo comprova ainda mais a contaminação dos povos indígenas pelo metal e reforça que o garimpo ilegal é o principal causador das mortes e doenças que assolam os Yanomami.
Pesquisadores coletaram amostras de cabelo — Foto: Fiocruz/Divulgação
“Não é a primeira vez que a Fiocruz faz uma pesquisa na Terra Yanomami e que comprova que os nossos parentes estão contaminados pelo mercúrio. Isso é muito grave! As nossas crianças estão nascendo doentes. As mulheres estão doentes, os nossos velhos estão doentes! O nosso povo está morrendo por causa do garimpo”, ressaltou.
“O garimpo é o maior mal que temos hoje na Terra Yanomami. É necessário e urgente a desintrusão, a saída desses invasores. Se o garimpo permanece, permanece também a contaminação, devastação, doenças como malária e desnutrição e isso é o resultado dessa pesquisa, é a prova concreta!”, disse Dário Kopenawa.
Todos os examinados, incluindo homens, mulheres, crianças, adultos e idosos apresentaram níveis de mercúrio — Foto: Fiocruz/Divulgação
Outros 4,6% estão numa faixa de até 150 km da fronteira; 41% moram nas demais áreas. Dados divulgados nesta quinta-feira (21) pelo IBGE mostram como a população se distribui pelo país e dentro dos municípios.
Mais da metade dos 203 milhões de brasileiros – 54,8% – mora a até 150 km em linha reta do litoral, segundo dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (21).
O percentual é ligeiramente menor que o apurado em 2010, quando 55,8% viviam a até 150 km do litoral.
Segundo o Censo de 2022, outros 4,6% da população vivem a até 150 km das fronteiras do Brasil com outros países, e os 41% restantes, na região que fica entre essas duas áreas.
O analista do Censo Fernando Damasco explica que a localização da maior parte da população na proximidade do litoral tem razões históricas e econômicas.
Mais da metade da população brasileira — 54,8% — mora na faixa do litoral. São mais de 111 milhões de pessoas, apontam dados do Censo 2022 do IBGE.
Esse número diminuiu um ponto percentual em relação a 2010.
Outros 4,6%, cerca de 9.4 milhões, moram a até 150km a partir da fronteira, mesmo percentual de 2010.
Os 41% restantes estão no interior, o “miolo” do país.
Nesta faixa, vivem mais de 83 milhões de brasileiros.
Na faixa litoral estão 16 capitais, sendo 3 na região Sul, 3 na Sudeste, 8 na Nordeste e 2 na Norte.
A faixa de fronteira tem apenas três capitais: Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR).
No interior, há oito capitais: 4 no Centro-Oeste, 2 no Norte, 1 no Nordeste e 1 no Sudeste.
Capitais
Ao todo, 16 capitais estão dentro da faixa de até 150 km de distância, em linha reta, do litoral, sendo 3 na região Sul, 3 na Sudeste, 8 na Nordeste e 2 na Norte:
Alagoas: Maceió (AL)
Amapá: Macapá (AP)
Bahia: Salvador (BA)
Ceará: Fortaleza (CE)
Espírito Santo: Vitória (ES)
Maranhão: São Luís (MA)
Pará: Belém (PA)
Paraná: Curitiba (PR)
Paraíba: João Pessoa (PB)
Pernambuco: Recife (PE)
Rio de Janeiro: Rio de Janeiro (RJ)
Rio Grande do Norte: Natal (RN)
Rio Grande do Sul: Porto Alegre (RS)
Santa Catarina: Florianópolis (SC)
São Paulo: São Paulo (SP)
Sergipe: Aracaju (SE)
No caso das capitais que fazem parte da faixa de até 150 km de distância da fronteira com demais países do continente, há três:
Acre: Rio Branco (AC)
Roraima: Boa Vista (RR)
Rondônia: Porto Velho (RO)*
*A capital de Rondônia tem a maior parte do território, 56,1%, em faixa de litoral. A sede do município, porém, fica fora dessa faixa.
[CORREÇÃO: ao publicar a reportagem, o g1 errou ao informar que Porto Velho fica fora da faixa de fronteira. Na verdade, o IBGE considera o município como uma das capitais que estão na faixa de fronteira. A reportagem foi corrigida às 17h58.]
No interior, há oito capitais:
Amazonas: Manaus (AM)
Distrito Federal: Brasília (DF)
Goiás: Goiânia (GO)
Mato Grosso: Cuiabá (MT)
Mato Grosso do Sul: Campo Grande (MS)
Minas Gerais: Belo Horizonte (MG)
Piauí: Teresina (PI)
Tocantins: Palmas (TO)
Setores censitários
A análise sobre a população que vive nas faixas de fronteira e litoral é possível porque, na divulgação desta quinta, o IBGE revelou os dados sobre os setores censitários, que são as subdivisões do território usadas pelo instituto para fazer as entrevistas para o Censo. (Veja no fim do texto o que são setor censitário, distrito e subdistrito).
O Brasil tem 452.338 desses setores, que abrangem todo o território dos 5.570 municípios do país. Em relação ao Censo 2010, mais de 135 mil novos setores foram criadas, o que amplia o detalhamento do material.
O setor censitário com mais domicílios no país fica no Distrito Federal: é o Condomínio Itapoã Parque, que tem 6.322 lares.
O que tem maior número de moradores por domicílio é o de Toricueije, Barra do Garça (MT). Lá, em média, há 6,6 pessoas por lar.
Os dados por setor censitário permitem – além de saber quantas pessoas vivem numa determinada área, como litoral ou fronteira – analisar as cidades por dentro. É possível, por exemplo, saber quão distante as pessoas estão de hospitais ou escolas.
“Trata-se de informações que permitem ações baseadas em evidências em escala de detalhe”, diz Fernando Damasco, do IBGE.
As subdivisões por distritos e subdistritos, também apresentadas nesta quinta, seguem as leis e lógicas municipais. Na cidade de São Paulo, por exemplo, a divisão é feita por distritos, enquanto no Rio de Janeiro e Distrito Federal, é feita por subdistritos.
O Brasil possui 10.670 distritos e 643 subdistritos em todo território nacional.
Veja o que é setor censitário, distrito e subdistrito
Setor censitário
É a principal unidade territorial usada pelo IBGE para coleta e divulgação de dados estatísticos. Ele representa uma fração do território nacional, levando em conta as estruturas territoriais, para facilitar a coleta de estatísticas.
Distrito
São unidades administrativas internas dos Municípios. Sua criação, organização ou supressão se faz por leis municipais, observada a legislação estadual.
Subdistrito
Os Subdistritos são unidades internas dos Municípios, que dividem integralmente o território do Distrito ou do Município. Constituem normalmente o segundo nível de divisão municipal, geralmente adotados em grandes cidades, para as quais apenas a divisão distrital não é suficiente, de acordo com as necessidades da administração.
Outros dados do Censo 2022
As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que:
O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, que são 51,5% do total de brasileiros;
O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas;
Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu.
Febre, dores no corpo, mal-estar e dor de cabeça são alguns dos sintomas das duas doenças, mas Covid também pode causar dor de garganta, tosse e coriza.
Especialista explica como evitar e as diferenças entre dengue e covid
O Brasil vive uma explosão de casos de dengue neste início de 2024. Dados do painel de arboviroses do Ministério da Saúde apontam que o país já soma mais de 500 mil casos prováveis e confirmados da doença. Febre, dores no corpo, mal-estar e dor de cabeça são alguns dos sintomas da dengue — e da Covid-19, que continua circulando por aí.
As duas doenças são virais e têm alguns sintomas semelhantes.Então como diferenciar as duas?
Transmissão
🦟😷 Se pensarmos em transmissão, dengue e Covid são bem diferentes:
Na dengue, a transmissão é via mosquito Aedes aegypti. Ele pica uma pessoa contaminada, pega o vírus, pica outra pessoa e transmite a doença. Não passa de uma pessoa para outra. O que ajuda a evitar? Menos mosquito, repelente, cuidados em casa.
Na Covid-19, a transmissão é pelo ar, por gotículas de secreções respiratórias de uma pessoa infectada.Ou seja, passa de uma pessoa para outra. Lembra da recomendação do uso de máscaras? Continua valendo.
Como saber se você está com dengue e se é grave
Sintomas
Já os sintomas, apesar de semelhantes, têm suas particularidades. Na dengue, o sintoma mais clássico é a febre alta, que aparece abruptamente no começo da infecção. A Covid tem como característica os sintomas respiratórios. Vale lembrar que nas duas doenças existem também os casos assintomáticos (sem sintomas).
“A febre na dengue costuma ser mais alta, a dor no corpo costuma ser maior, dor articular é mais frequente, assim como dor atrás dos olhos, manchas na pele. Esses sintomas podem até aparecer na Covid, mas é mais comum na dengue. A Covid tem mais sintomas respiratórios, como tosse, secreção, dificuldade para respirar, que em geral a dengue não tem“, explica o infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
O médico ressalta que nem sempre dá para cravar que é uma doença ou outra. Para isso, existem testes que ajudam a fechar o diagnóstico (leia mais abaixo).
“O que ajuda muito a nortear é a epidemiologia da doença. Se a pessoa está com febre, dor de cabeça, dor nos olhos e sem sintomas respiratórios, a chance de ser dengue é enorme, porque estamos em uma alta temporada de circulação da doença”.
Sintomas da Covid e da dengue — Foto: Reprodução/GloboNews
Vacina
Outra semelhança: existe vacina para as duas doenças.
A diferença é que a vacina da Covid está disponível para toda a população no Sistema Único de Saúde (SUS). Já a vacina da dengue atende um público menor: crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, em municípios definidos pelo Ministério da Saúde.Nesta primeira fase da vacinação, estão sendo priorizadas as crianças de 10 a 11 anos. A restrição na imunização contra a dengue ocorre por falta de doses. A vacina também está disponível na rede particular.
Novo sistema do governo procura facilitar o processo de recolhimento do fundo pelos empregadores, mas também traz impactos, diretos ou não, aos funcionários; confira.
Agências da Caixa em Teresina já tiveram filas por informações sobre o saque do FGTS — Foto: Andrê Nascimento/g1
A partir deste mês, trabalhadores que forem demitidos sem justa causa não precisam mais que seus empregadores emitam uma chave de autorização para sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Essa é uma das mudanças trazidas pelo FGTS Digital, lançado na última sexta-feira (1º). A nova plataforma procura facilitar o processo de recolhimento do fundo pelos empregadores, mas também traz impactos, diretos ou não, aos trabalhadores.
💰 O FGTS é formado por depósitos que as empresas fazem todos os meses, correspondendo a 8% do salário do funcionário, em contas na Caixa Econômica Federal. Ele só pode ser sacado mediante condições específicas, como no caso de demissão sem justa causa.
Antes do FGTS Digital, quando um funcionário era demitido sem justa causa, precisava que o empregador emitisse um documento denominado “chave de conectividade”, com prazo de validade de 30 dias, para sacar o fundo de garantia e a multa da rescisão, explica o advogado trabalhista Marcel Zangiácomo.
“O empregador precisava notificar a Caixa Econômica sobre a rescisão contratual e gerava a chave pelo site Conectividade Social, entregando posteriormente ao empregado. Com a chave, o trabalhador podia pedir o resgate do valor na Caixa”, detalha o especialista, que é sócio do escritório Galvão Villani, Navarro, Zangiácomo e Bardella Advogados.
Agora, a nova plataforma do FGTS vai aproveitar os dados inseridos pelos empregadores no eSocial, como mudanças cadastrais ou contratuais do trabalhador.
Assim, quando um funcionário for demitido, essa informação será transmitida automaticamente para a Caixa pelo sistema, eliminando a necessidade de emitir a chave, explica Virgílio Valente, coordenador geral de gestão e fiscalização do FGTS.
“Antes, o trabalhador tinha que levar a chave a uma agência da Caixa para liberar o saque. Agora, se quiser, dá para fazer tudo de forma digital. Já vai estar liberado no app, aí ele só transfere o dinheiro para sua conta.”
PIS 👉 CPF
Outra mudança que pode impactar os trabalhadores é a adoção do CPF como identificador único, substituindo o uso do PIS, um número gerado no primeiro emprego.
“Quando não havia uma base de dados, acontecia de, toda vez que alguém era contratado, gerar um código novo de primeiro emprego. Assim, tinha gente que acabava tendo muitas contas por erro”, conta a advogada trabalhista Adriana Pinton.
“Tem trabalhador com três, quatro PIS no nome dele. Então, o CPF vai evitar que o depósito demore ou que caia na conta de outro trabalhador”, afirma Valente, coordenador do FGTS.
‘Não quero tomar chuva, quero ser meu patrão’: o que leva pedreiros a desistir da profissão e provoca alerta no setor
Saiba mais
Débitos do empregador 💸
Até o mês passado, quando algum empregador estava devendo o recolhimento do FGTS e fazia o parcelamento dos débitos, ele pagava os valores devidos por mês, sem indicar o quanto seria destinado para cada trabalhador, explica o coordenador geral Virgílio Valente.
“A indicação do que foi recolhido para cada trabalhador era uma obrigação acessória do empregador e ficava para ser cumprida em um segundo momento. Em alguns casos, o empregador não conseguia individualizar os valores pagos, então o dinheiro ficava depositado na conta do FGTS, mas não ia para as contas vinculadas dos trabalhadores.”
Agora, com o FGTS Digital, “problemas dessa natureza não vão mais acontecer”, segundo Valente, porque, desde o início do processo, o débito será individualizado. Ou seja, na hora do pagamento, a plataforma vai indicar os funcionários que devem receber aquele valor.
Como seria nosso planeta sem a Lua? Quais são as contribuições de suas fases nas plantações? Descubra abaixo as respostas e algumas curiosidades, para comemorar o Dia do nosso satélite natural.
No ano de 2021, sob o lema “cooperação internacional no uso do espaço sideral para fins pacíficos“, as Nações Unidas declararam 20 de julho como o Dia Internacional da Lua. Esta celebração tem vários focos, por exemplo, sensibilizar para a exploração sustentável do nosso satélite natural e relembrar a primeira aterrissagem humana na sua superfície, na missão Apollo 11.
Mas o que sabemos sobre a Lua? Em primeiro lugar, lá não há rios, nem oceanos, nem vento, nem estações. Ao contrário da nossa Terra, os meteoritos atingem a Lua de qualquer ângulo, já que ela não possui uma atmosfera densa para protegê-la. Aqui temos uma camada de gases que devemos cuidar para que ela continue nos protegendo!
“A Lua e a Terra têm uma origem comum. Sabemos que houve um impacto que formou a Lua e a deixou orbitando a Terra. Assim, ao estudar a Lua, também podemos entender como a Terra se formou“,explica o Dr. José Carlos Aponte, astroquímico da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA).
Se a lua não existisse…
A Lua está localizada a cerca de 384.000 km de distância do nosso planeta, algo como 30 Terras seguidas localizadas em fileira, e sua massa é 80 vezes menor que a do nosso planeta. Mas você já se perguntou o que aconteceria se a Lua não existisse? Para começar, o dia seria mais curto e as estações do ano seriam completamente diferentes de como as conhecemos. Além disso, à medida que nos movemos em torno do Sol, a atração da gravidade que a Lua exerce sobre a Terra permite que nosso clima seja ideal para a vida humana.
Nesse sentido, não podemos ignorar uma das maiores influências que a Lua exerce sobre nosso planeta: as marés. Para entendê-lo, vamos focar na imagem anterior; é como se a Lua quisesse “grudar” na água do oceano, gerando uma suave protuberância que, por sua vez, cria as marés.
E isso não é tudo. Se a Lua estivesse a uma distância 20 vezes menor do que hoje, cidades como Nova York ou Londres ficariam completamente submersas na maré alta.
Ciclo lunar na agricultura
Isso pode parecer um conhecimento novo, mas é uma sabedoria antiga considerada como um manual para as lavouras, já que a Lua coopera na germinação, crescimento e frutificação das plantas. O que podemos fazer em cada uma de suas fases é essencial para viver em coerência com o ciclo lunar e usufruir de seus benefícios.
Lua nova
Uma das tarefas mais recomendadas é o controle das plantas, já que a seiva fica mais concentrada nas raízes nessa fase lunar. Além disso, atividades de manutenção como poda, adubação e amontoa são recomendadas. As folhas murchas podem ser removidas e a grama e vegetais de raiz (nabos e cenouras) podem ser plantadas.
Lua crescente
Nesta fase, a luz da lua está aumentando, então as lavouras crescem de forma equilibrada, principalmente em suas raízes e folhagens.
É aconselhável evitar regar as plantas com flor, no entanto, pode-se fazer enxertos, semear flores e vegetais folhosos (espinafre, acelga, alface), cultivar solos mais arenosos e podar árvores que exigem maior rendimento (fruteiras).
Lua cheia
As folhas tendem a se desenvolver mais rápido do que o resto da planta. Uma desvantagem é que durante a lua cheia as pragas proliferam mais do que nas outras fases, por isso são recomendadas podas, transplantes e propagação vegetativa. Você também pode plantar árvores perenes e colher vegetais folhosos.
Lua minguante
Durante esta fase, a atividade lunar diminui e a seiva das plantas volta para as raízes. Por isso, sugere-se plantar árvores de folhas longas, adubar o solo, transplantar, regar plantas com flores, retirar folhas murchas e plantar hortaliças que contenham raízes.
Presidente afirmou também condenou os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro, aos quais se referiu novamente como “ataques terroristas”
15/02/2024 às 08:39 | Atualizado 15/02/2024 às 09:36
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Estas imagens são do Google, mas não existiam anotação de crédito do fotógrafo, por isso não publicamos.
ente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (15), não encontrar “nenhuma explicação” para o comportamento de Israel na guerra contra o Hamas, na Faixa de Gaza.
“Não tem nenhuma explicação o comportamento de Israel, a pretexto de derrotar o Hamas, está matando mulheres e crianças – coisa jamais vista em qualquer guerra que eu tenha conhecimento”, disse.
A declaração foi feita à imprensa, ao lado do presidente do Egito, Abdul Fatah Al-Sisi, após reunião entre os líderes na capital egípcia do Cairo
Antes de criticar as ações israelenses, Lula também condenou os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro.
“O Brasil foi um país que condenou de forma veemente a posição do Hamas no ataque a Israel e o sequestro de centenas de pessoas. Nós condenamos e chamamos o ato de ato terrorista”, disse.
Na abertura de sua fala, o presidente pontuou que, após a reunião com Al-Sisi e a assinatura de uma série de acordos bilaterais entre Egito e Brasil, “deveríamos estar falando do aumento da produção de alimentos, crescimento econômico, distribuição de renda e nós estamos falando em guerras”.
“Israel tem primazia de não cumprir decisão da ONU”, diz Lula
O presidente ainda gastou parte considerável do tempo de seu discurso com críticas à ONU e a estrutura atual de seu Conselho de Segurança.
Lula disse não encontrar explicação para o fato das Nações Unidas não terem força para evitar guerras, como a em Gaza e a entre Rússia e Ucrânia.
“O Conselho de Segurança não pode fazer nada na guerra entre Israel e Faixa de Gaza. A única coisa que se pode fazer é pedir paz pela imprensa, mas que me parece que Israel tem a primazia de descumprir, ou melhor, de não cumprir nenhuma decisão emanada da direção das Nações Unidas”, disse Lula.
O presidente diz estar empenhado e que espera contar com o apoio do Egito “para que a gente consiga fazer as mudanças necessárias nos órgãos de governança global”.
“É preciso que tenha outros países da África, outros países da América Latina”, afirmou.
“É preciso acabar com o direito de veto dos países, e é preciso que os membros do Conselho de Segurança sejam atores pacifistas, não atores que fomentam a guerra”, completou.
Fuga foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde sua criação em 2006. Governos federal e estadual devem criar gabinete de crise para lidar com fugitivos.
Esta imagem foi tirado do Google, mas não tinha o crédito do fotógrafo.
Segundo a pasta, o grupo embarcou no início da tarde e deve chegar ao RN por volta das 17h.
Além do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, também viajam o diretor do Sistema Penitenciário Federal, Marcelo Stona e o diretor de Inteligência Penitenciária, Sandro Abel.
Brasil registra primeira fuga de um presídio de segurança máxima, em Mossoró (RN)
A previsão, segundo a Senappen, é de que seja criado um gabinete de crise com representantes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, além do sistema de segurança estadual do Rio Grande do Norte.
Os foragidos, identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, fugiram nesta terça-feira (13) do presídio de segurança máxima de Mossoró.
Foi a primeira fuga registrada nesse tipo de unidade desde a inauguração do Sistema Penitenciário Federal, em 2006.
Além de acionar grupos operacionais, o governo do Rio Grande do Norte também disponibilizou uma aeronave para auxiliar nas buscas – o presídio fica em uma área rural, a cerca de 15 quilômetros do centro de Mossoró.
Sistema federal
A Penitenciária Federal de Mossoró (RN) faz parte dos cinco presídios de segurança máxima criados no Brasil.
O presídio foi criado para receber condenados de alta periculosidade e que causem risco para a ordem pública.
O monitoramento de vídeos dos presídios federais, assim como as atividades penitenciárias, fica sob responsabilidade da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). As gravações são transmitidas em tempo real para a secretaria – o governo ainda não disponibilizou imagens e nem vídeos da fuga.