Segundo Tadeu, as prefeituras tentam de várias formas contratar médicos, mas não conseguem preencher as vagas. “Eu fui prefeito por 8 anos e nunca consegui completar o número de médicos necessário nas Unidades Básicas de Saúde. Tem um número pequeno de profissionais e os municípios ficam quase fazendo um leilão por esses profissionais”, contou.
Para resolver o problema, o presidente defende a ampliação das vagas nas faculdades de medicina e mais facilidades para a contratação dos profissionais formados no exterior. “Esses médicos (graduados fora do País) poderiam prestar serviços nos municípios mais necessitados, principalmente na atenção básica. O governo poderia flexibilizar o exame exigido para esses profissionais, até mesmo reconhecendo algumas faculdades estrangeiras”, sugere.
Atualmente, a taxa nacional é de 1,9 médico por 1 mil habitantes. Para o Ministério da Saúde, o ideal seria elevar para 2,7 profissionais para cada 1 mil brasileiros, mesmo índice do Reino Unido. No ano passado, a pasta anunciou a criação de cursos de medicina e expandir as vagas nas faculdades já existentes, com o objetivo de ampliar o número de profissionais no País.
A ABM e as outras entidades agendaram uma nova reunião sobre o tema para a próxima segunda-feira com o ministro.