Conquistar uma vaga numa faculdade de medicina já é uma vitória a qualquer vestibulando. E o se candidato em questão não tiver sequer terminado o ensino médio na escola pública? José Victor Menezes Teles, 14, obteve nota no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) suficiente para ser calouro do curso de medicina da UFS (Universidade Federal de Sergipe) esta semana.
O garoto de corpo franzino é aluno do 1º ano do ensino médio do Colégio Estadual Murilo Braga, em Itabaiana (SE), a 52 km da capital, Aracaju. Ele conta que sempre gostou de ler, estudar e apontou os pais, ambos professores da língua portuguesa na rede pública, como principais motivadores. “Eles sempre acreditaram no meu potencial. Sempre me incentivaram e eu sempre corri atrás de meus objetivos”, disse.
Segundo o garoto, ele se dedicava a 5 horas de estudos por dia, fora o tempo da escola. Para treinar, usou a estratégia recomendada por dez entre dez professores: fazer provas anteriores. Se ele percebia dificuldades, como foi o caso de assuntos de química e física, buscava reforço. “Durante as férias fiz cursinho aqui em Itabaiana e Aracaju”, lembrou.
José Victor se diz um aficionado usuário de internet e a utilizou como uma ferramenta importante nos estudos. “A internet me ajudou muito através das vídeoaulas, nas consultas, nas dúvidas”, disse o garoto, lembrando ainda que a rede mundial de computadores também lhe servia como fonte de lazer.
Não é muito novo?
Afiado nas respostas, o itabaianense respondeu sem titubear que seus 14 anos não lhe atrapalhariam no desempenho no curso superior. “Não se mede a capacidade pela idade. Estou sim preparado para cursar medicina. Era meu sonho e estou perto”, respondeu o adolescente, mais velho entre quatro irmãos.
Agora, ele aguarda uma decisão judicial para poder comemorar a vitória. O garoto, apesar da pontuação no Enem, não concluiu o ensino médio — exigência da UFS para se matricular. “Não se coloca limite de idade para ingressar na Universidade Federal de Sergipe”, afirmou o diretor do departamento de administração acadêmica da UFS, professor Antônio Edilson do Nascimento.
Já a secretaria estadual de Educação não pode lhe conceder o certificado de conclusão do ensino médio por causa da sua idade. Apenas jovens com mais de 18 anos, com pontuação de 450 e que não tenham zero na redação, podem pedir um certificação.
Os pais de José Victor entraram na Justiça pedindo para que a Secretaria de Estado da Educação conceda ao filho o direito de realizar a prova de proficiência e, portanto, um certificado que lhe ateste o ensino médio.
“Entramos com o mandado na Justiça. Meu filho teve média no Enem e merece essa oportunidade. É um menino que gosta de correr atrás das coisas. Com certeza ele pode fazer esse curso [medicina]. Tem maturidade”, disse o pai de José Victor, José Mendonça, conhecido na cidade como “Professor Tostão”.
O desempenho de José Victor no Enem não foi uma surpresa para o pai que contou, orgulhoso, outro feito do garoto. “Ano passado ele ganhou uma bolsa por ser medalhista na Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas”, destacou.
José Victor obteve 751,16 pontos na prova e 960 na redação.
Fonte UOL
O Prouni (Programa Universidade para Todos) recebe a partir desta segunda-feira (26) inscrições para 213.113 bolsas, sendo 135.616 integrais e 77.497 parciais. O número representa crescimento de 11% em comparação ao processo do primeiro semestre de 2014, quando foram ofertadas 191.625 bolsas.
As podem ser feitas até o dia 29 na página do Prouni. O candidato que se inscreveu no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) também pode se inscrever.
Em 2015, as bolsas serão para 30.549 cursos, em 1.117 instituições de ensino superior privadas. De acordo com o Blog do Planalto, trata-se da maior oferta de bolsas desde que o programa foi criado. O aumento, no entanto, é menor que o do ano passado, quando a oferta cresceu 18% em relação ao primeiro semestre de 2013.
A maior parte das bolsas concentra-se na Região Sudeste (48%), seguida pela Região Sul (22%), Nordeste (14%), Centro-Oeste (10%) e Norte (6%).
Podem concorrer às bolsas estudantes que cursaram o ensino médio na rede pública ou que foram bolsistas integrais na rede particular. Para concorrer às bolsas integrais, o candidato deve comprovar renda bruta familiar de até um salário mínimo e meio por pessoa. Para as bolsas parciais, no valor de 50% da mensalidade, a renda bruta familiar deve ser até três salários mínimos.
Para se inscrever, o candidato deve ter participado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio ) 2014 e obtido, no mínimo, 450 pontos na média das notas. Além disso, não pode ter tirado 0 na redação. Outra condição é que ainda não tenha diploma de curso superior.
Professores do quadro permanente da rede pública de ensino, que concorrerem a cursos de licenciatura, também podem participar do Prouni. Nesse caso, não é necessário comprovar a renda.
Segundo dados do Ministério da Educação, ao longo de dez anos, o Prouni concedeu 1,5 milhão de bolsas de estudos para estudantes carentes de todo o país. Nesse período, o programa formou mais de 430 mil profissionais em todas as áreas do conhecimento. Atualmente, o programa beneficia mais de 562 mil jovens brasileiros de baixa renda com bolsas integrais ou de 50% em universidades privadas de todo o país.
Veja a lista dos cursos com maior oferta de bolsas:
- Administração – 22.050
- Pedagogia – 15.562
- Direito – 15.010
- Ciências contábeis – 11.917
- Engenharia civil – 8.405
- Educação física – 8.181
- Gestão de recursos humanos – 6.854
- Enfermagem – 6.801
- Psicologia – 5.307
- Engenharia de produção – 5.284
Fonte Uol
Estimativa do CNM aponta que salário inicial dos professores com jornada de 40 horas semanais será de R$ 1.918,16
Os salários dos professores devem ter aumento de 13,01%, segundo estimativa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) com base nos critérios que têm sido adotados pelo Ministério da Educação (MEC). Com o ajuste, o salário inicial dos professores de escola pública, com formação de nível médio e jornada de trabalho de 40 horas semanais, será de R$ 1.918,16.
O cálculo está previsto na Lei do Piso (Lei 11.738/2008) que vincula o aumento ao percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno, referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano. Se por um lado existe a demanda de um piso cada vez maior, que garanta atratividade à carreira, por outro, há a dificuldade, principalmente dos municípios, na manutenção dos salários.
+ No Brasil, salário de professor é metade do que recebem outros profissionais
De acordo com o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, o novo piso significará, no total, um aumento de cerca de R$ 7 bilhões nos gastos dos municípios. “Ninguém é contra o piso”, justifica, “mas o problema vem se acumulando, está tirando muito qualidade da educação, não tem dinheiro para reformar as escolas, dar infraestrutura”, diz.
Valorização desde 2008
O piso salarial passou de R$ 950, em 2009, para R$ 1.024,67, em 2010, e R$ 1.187,14, em 2011, conforme valores informados no site do MEC. Em 2012, o valor vigente era R$ 1.451; em 2013 passou para R$ 1.567; e, em 2014 foi reajustado para R$ 1.697,39. O maior reajuste foi 22,22%, em 2012.
Em publicação no próprio site, a CNM pede ao ministro da Educação, Cid Gomes, “sensibilidade para resolver o problema do reajuste do piso”.
Para o diretor de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, o reajuste é necessário para que se cumpra o Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê equiparar o rendimento médio dos professores aos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência do plano.
“Esse reajuste é importante para alcançar a meta do PNE. Tem que valorizar a educação e os profissionais”, diz, enfatizando que muitos governadores, nas cerimônias de posse, afirmaram que o compromisso com a educação é forte.
De acordo com o MEC, o reajuste será oficialmente anunciado nesta semana.
Fonte IG
A educação é o setor mais importante para o avanço sustentável de um país. Mas até agora, no Brasil, o cenário mudou pouco: vão-se os ministros, ficam os problemas.
Em 1° de janeiro de 2015, quatro anos depois de Dilma Rousseff ter assumido a presidência do País pela primeira vez, tomará posse também Cid Gomes, o quarto ministro de Educação escolhido pela Presidente. Ou seja, o MEC funcionou praticamente com um ministro diferente a cada ano.
Não entrarei no mérito do nome escolhido desta vez, que já vem sendo bastante analisado nos diversos meios. Mas não há como não se preocupar com a possível falta de continuidade numa pasta tão estratégica.
No Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2013, a nota do Brasil ficou abaixo da meta tanto nos anos finais do ensino fundamental, como no ensino médio. Meta que, no ensino médio, era de apenas 3,9, mas só alcançamos 3,7. Ao ver o resultado, o ministro Henrique Paim disse que era “hora de rever o ensino médio”. Mas antes dele, na mesma gestão presidencial, o ministro Mercadante havia dito o mesmo, cobrando agilidade nessa reforma. Seu predecessor, o ministro Fernando Haddad, também falou o mesmo, anunciando uma reformulação radical nessa etapa do ensino. Agora o novo ministro, Cid Gomes, acaba de prometer prioridade para a reforma do ensino médio.
O país nunca atingiu a média 4,0 no ensino médio. Em matemática, só 10% dos estudantes aprenderam o que deveriam. Todos os indicadores mostram – inclusive o Pisa (exame internacional de competências) no qual o Brasil está na lanterna – que nossa educação está estagnada, como comentei neste blog. A rotatividade dos que lideram essa pasta pode estar retardando as mudanças.
A descontinuidade se propaga nas esferas subsequentes, como por exemplo as secretarias estaduais e municipais. São raras as reuniões do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) em que mais da metade dos participantes havia estado presente também nos encontros de anos anteriores. Isso impede levar adiante políticas e acordos que ajudariam a enfrentar com mais força os desafios comuns; e traz a sensação de começar sempre do zero.
O desafio do novo ministro é imenso. Em diversas regiões do país, ele encontrará escolas sucateadas, sem laboratórios, sem quadras esportivas e até com professores acuados com o aumento da violência nas salas de aula, desvalorizados e com condições de trabalho precárias; muitas escolas dominadas por indicações políticas; alta defasagem idade-série. Além disso, em diversos estados a progressão continuada foi mal implantada, deixando passar de ano alunos que não aprenderam e formando analfabetos funcionais. Encontrará ainda currículos pouco adaptados aos jovens de hoje.
Nesse cenário, o novo ministro precisará ser um exímio gestor. Em quatro anos é possível fazer bastante coisa. O Rio de Janeiro, por exemplo, no mesmo período saiu da penúltima para a terceira posição do país.
Esse avanço foi alcançado graças a uma combinação de estratégias de gestão moderna: metas para as escolas, diagnósticos permanentes e ações focadas nas deficiências encontradas, aulas de reforço para quem precisa, valorização dos que atingiram bons resultados, currículo mínimo comum. A equipe foi recrutada por uma empresa especializada em descobrir talentos. Os profissionais que hoje coordenam projetos regionais foram selecionados entre milhares de candidatos das próprias escolas. Muitos vieram de regiões do interior do estado e nunca teriam chegado a postos estratégicos se dependessem de articulações políticas.
Para o Brasil voltar a crescer, não bastam ajustes e medidas econômicas. O Ministério da Educação precisa ser tratado como estratégico e a pasta precisa de gestores de excelência, com a continuidade nas ações. Vale lembrar que a sociedade também terá papel decisivo. O poder público só prioriza a educação quando ela passa a ser uma demanda da sociedade e esta se envolve seriamente na fiscalização da qualidade e no controle da aplicação dos recursos.
Fonte: G1, Coluna de Andrea Ramal
Coordenadores de cursos de formação inicial e continuada de professores, equipes institucionais e interinstitucionais envolvidas com a formação docente, diretores e gestores que atuam no campo da formação de educadores podem apresentar propostas na segunda edição do Concurso de Experiências Inovadoras na Formação Docente – Prêmio Paulo Freire. As inscrições devem ser feitas até 28 de fevereiro de 2015.
O Prêmio Paulo Freire é uma iniciativa do Programa de Apoio ao Setor Educacional do Mercosul (Pasem), que promove o intercâmbio de experiências e práticas educacionais de formação docente nas quatro nações fundadoras do Mercosul — Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Dos trabalhos inscritos, dez serão premiados. Os autores ganharão uma viagem acadêmica e cultural a um dos países do bloco, além da postagem do projeto no banco de experiências do Pasem.
Os concorrentes ao prêmio terão de documentar experiências inovadoras relacionadas com as temáticas:
• O percurso da prática e o âmbito das práticas profissionais na formação inicial.
• Práticas inovadoras da educação em prol da diversidade.
As experiências devem ter sido realizadas de 2010 a 2014. Se estiverem em desenvolvimento, que já tenham pelo menos um ano.
Ganhadores — A edição 2013 do concurso recebeu 237 projetos. Desse conjunto, foram premiados 11 — quatro desenvolvidos na Argentina, quatro no Uruguai e três no Brasil. As experiências brasileiras vencedoras foram as de Campo Grande (MS), Mossoró (RN) e Londrina (PR).
O projeto de Campo Grande, Educação Ambiental nas Águas do Pantanal, desenvolvido pela organização não governamental Ecoa-Ecologia e Ação, foi o vencedor na categoria Acompanhamento de Docentes Calouros. Durante a experiência, entre 2009 e 2011, o curso de formação de professores incorporou à prática docente conhecimentos de biologia, da ecologia do Pantanal, a valorização da cultura e do meio ambiente local. A ONG trabalha na conservação do Pantanal e na melhoria da qualidade de vida das comunidades pantaneiras.
A experiência de Mossoró, Metodologia Científica ao Alcance de Todos, da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), atuou na capacitação de professores de escolas públicas do ensino médio em localidades remotas do sertão do Semiárido do Rio Grande do Norte. A Ufersa capacitou educadores no programa Ciência para Todos para que eles despertem nos estudantes o interesse pela ciência. Iniciada em 2011, a atividade continua em andamento. Mossoró venceu na categoria Ensino de Ciências.
No interior paranaense, o Grupo de Estudos em Práticas de Ensino da Universidade Estadual de Londrina foi o vencedor na categoria Impacto das Tecnologias. O projeto une metodologia de capacitação e formação docente para integrar os cursos entre si e a universidade com outros programas externos. A experiência, iniciada em 2011, continua em atividade.
O Programa de Apoio ao Setor Educacional do Mercosul é uma ação conjunta entre a entidade sul-americana e a União Europeia, voltada para o papel da educação nos processos de integração regional. O objetivo é contribuir para melhorar a qualidade da educação a partir do fortalecimento da formação de professores no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O Prêmio Paulo Freire, lançado em 2013, é realizado anualmente.
Ionice Lorenzoni
Fonte: portal mec.gov.br
Ao participar nesta terça-feira (2) de evento com mantenedores de entidades privadas de educação superior, o ministro da Educação, Henrique Paim, disse que cerca de 40% dos estudantes matriculados no ensino superior privado usam o Prouni (Programa Universidade para Todos) ou o Fies (Financiamento Estudantil).
“São estudantes que têm perfil de baixa renda. Temos um bom desempenho desses estudantes. No Prouni, muitas vezes o desempenho supera o de quem não é cotista do programa. No Fies, temos o desafio de melhorar esse desempenho e fazer com que as pessoas tenham um desempenho também nessa direção”, disse o ministro.
Henrique Paim defendeu os mecanismos de avaliação do ensino superior e a importância de aprimorar esse grau de ensino. “Precisamos não só expandir o ensino superior, mas expandir com qualidade, melhorar a aprendizagem, fazendo com que os estudantes possam seguir suas carreiras profissionais”. E completou “Não existe sistema de avaliação perfeito, mas ao longo dos anos temos que ir reduzindo as imperfeições para ter um sistema robusto e traçar os rumos da educação superior, definir quais os parâmetros que temos de qualidade”, disse.
O representante do grupo Kroton Educacional, Rodrigo Galindo, destacou a importância do Prouni e do Fies para a formação de profissionais no país. “Esses programas são bons para os brasileiros que tem ai a principal oportunidade de acesso ao ensino superior. É bom para as instituições, mas é bom também para o país”, avaliou.
Galindo também expôs a preocupação do setor com o marco regulatório da educação a distância e com o marco regulatório dos cursos de pós graduação lato sensu em nível de especialização, que estão em discussão no CNE (Conselho Nacional de Educação). “Alguns itens do marco da educação a distância proposto levam ao risco de destruir o trabalho de 20 anos nessa área”, disse Galindo.
Em relação aos marcos regulatórios, o ministro Paim disse que ainda há muita discussão pela frente e ambos serão construídos com tranquilidade e responsabilidade.
Henrique Paim e Rodrigo Galindo participaram do painel Papel da Iniciativa Privada no Fortalecimento da Educação Brasileira, promovido pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior.
Fonte UOL
A Cooperativa de Materiais Recicláveis da cidade de Itatiba, no interior de São Paulo, adotou um novo método para alfabetizar seus trabalhadores em uma sala de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Eles utilizam o Palma (Programa de Alfabetização na Língua Materna), uma iniciativa que propõe o uso de smartphones e tablets com um aplicativo educacional cujo objetivo é estimular e complementar, por meio digital, as habilidades de leitura, escrita e compreensão de textos.
De acordo com a professora responsável pela aplicação da tecnologia no processo de alfabetização há seis meses, Maria da Gloria Viana, os resultados são surpreendentes. Os alunos sentem-se valorizados, motivados, realizam os exercícios em casa e aprendem através de jogos e pequenos testes que separam cada nível de aprendizado.
“O Palma aumenta a frequência em sala de aula e a concentração do aluno, diminui a evasão escolar e retém o aprendizado. Muitos adultos aprendem, mas acabam não exercitando. O programa gera um grande impacto na autoestima dos alunos”, disse o matemático José Carlos Poli, idealizador do projeto e presidente da IES2, startup que criou o aplicativo. Ele expõe os dados de impacto social baseado em pesquisas feitas com 300 alunos da rede pública que testaram o programa.
Itatiba lançou oficialmente o programa em agosto deste ano, depois de dois anos de experiências e testes. O projeto também é aplicado a 30 alunos da EMEB Cel. Manoel Joaquim de Araújo Campos, onde faz sucesso entre os alunos. Eles dizem que o software é “muito bom” e que “é possível aprender brincando”. “Giz e lousa já eram”, segundo a coordenadora pedagógica da escola, Angela Ivete Ramos.
Aplicativo é usado também como reforço escolar
Ao todo, a cidade atende 83 alunos, incluindo alunos de 1º a 9º ano que precisam de reforço no processo de alfabetização e um estudante com síndrome de down. Projetos pilotos com o Palma também ocorrem em outros sete municípios, entre eles Campinas (SP), Franca (SP) e João Pessoa (PB), onde foi montada uma sala de aula em uma obra de construção civil.
“O Projeto Palma é importante como uma ferramenta para auxiliar no processo de alfabetização e ao mesmo tempo promove a inclusão digital para aquelas pessoas que não são familiarizadas com tecnologia”, comentou, através da assessoria de imprensa, Fatima Polesi Lukjanenko, secretária municipal de educação Itatiba.
Aplicativo tem sons, letras e imagens
Seguindo recomendação da Unesco de utilizar tecnologia móvel para obter melhores resultados na escola, o Palma engloba um conjunto de aplicativos que combina sons, letras, imagens e envio de dados. Há cinco níveis de dificuldade: alfabeto, sílabas simples, sílabas complexas, universo vocabular e leitura e compreensão de textos. No tablet, é possível até mesmo aprender a escrever utilizando o touch screen, que indica exatamente o movimento de escrita que deve ser feito a cada letra.
Em cada fase há testes que avaliam continuamente o progresso do aluno, gerando automaticamente um relatório ao professor responsável. Isso permite não só um acompanhamento individual e específico sobre cada uma das dificuldades detectadas, como também respeita o tempo de aprendizagem de cada estudante. Ao todo, são 4.331 atividades de fixação, de avaliação e jogos.
“Respeitar a velocidade de cada um é fundamental”, avalia Poli. Segundo suas definições pedagógicas, o Palma tem como base a abordagem sintética da alfabetização, cujo princípio consiste em ir do simples ao complexo. Ele prevê o desenvolvimento da consciência fonológica através da ligação simbólica entre letras e sons da fala e da percepção das diferenças entre as letras e consciência dos sons da fala.
A ideia de usar o celular para alfabetizar surgiu a partir da constatação de que grande parcela da população possui um aparelho celular atualmente. “Percebi que todas as pessoas sabem usar o celular. Imaginei que se essas pessoas fazem ligações usando algarismos de 0 a 9, poderiam associar letras aos números. Como sou matemático, criei um programa que combina números com letras, imagens, sons e símbolos. Concluí que seria importante que, quando terminasse a aula, os alunos pudessem continuar suas lições em casa, no ônibus, em qualquer lugar”, diz José Poli.
IG
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) aprovou hoje (18) emenda ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015 que aumenta em R$ 5 bilhões o investimento nas escolas públicas. De autoria da senadora Angela Portela (PT-RR), a proposta aumenta de 10% para 15% o valor mínimo da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Principal fonte de financiamento da educação básica pública, o Fundeb é formado por percentuais de diversos impostos municipais, estaduais e federal e transferências constitucionais, a exemplo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Pelo menos 60% dos recursos devem ser usados na remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício, como professores, diretores e orientadores educacionais. O restante serve para despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, compreendendo, entre outras ações, o pagamento de outros profissionais ligados à educação, bem como para aquisição de equipamentos e construção de escolas.
O fundo é formado, na quase totalidade, por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. À União cabe, atualmente, a complementação do equivalente mínimo a 10% do total dos recusos destinados ao Fundeb. Esses recursos são distribuídos para garantir um valor mínimo por estudante para todos os estados do país. Dessa forma, as unidades da Federação que arrecadam menos do que esse valor, recebem uma complementação do Estado.
De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), este ano, a complementação da União foi destinada a dez estados e seus respectivos municípios, que não alcançaram, com a própria arrecadação, o valor mínimo nacional por aluno estabelecido para 2014, que foi R$ 2.285,57. São eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
A proposta da senadora, aprovada pela comissão, aumenta o percentual de complementação para 15%. Em sua justificativa à emenda, a parlamentar diz: “É evidente a necesidade de melhorar rapidamente a qualidade da educação básica pública ofertada à população brasileira. Diversos indicadores nacionais e internacionais comprovam que o ensino básico no Brasil ainda está distante do nível mínimo aceitável”. Também na justificativa a senadora diz que a mudança resultará em uma complementação aproximada de mais R$ 5 bilhões em 2015 para a educação pública.
Além desta emenda, a comissão aprovou mais duas emendas ao texto e três ao Anexo de Metas. Foram aprovadas ações para infraestrutura para a educação básica; expansão e reestruturação de instituições federais de educação profissional e tecnológica; e para a promoção e o fomento à cultura brasileira.
Até quinta-feira (20) todas as comissões permanentes do Senado devem se reunir para votação de emendas ao projeto da LDO.
A LDO é o instrumento por meio do qual o Executivo estabelece as principais diretrizes e metas da administração pública para um exercício. Na LDO estão dispostas as regras para a elaboração do Orçamento do próximo ano.
Fonte: IG
Há anos, estamos na Internet, TV, rádio e mídias impressas, divulgando informações de utilidade pública, mostrando como a adoção de animais abandonados pode melhorar a qualidade de vida e a saúde mental das pessoas, tudo com critérios científicos e sólida base técnica.
Também costumamos viajar pelo interior paulista e constatamos uma triste realidade de atropelamentos sem socorro, abandono e todo tipo de crueldade e omissão. É preciso haver uma mudança cultural, logo!
Fizemos anonimamente nossa parte, mas era pouco, em meio a comunidades cauterizadas em relação à violência e sem saber como tomar uma atitude. Agora, resolvemos implantar um serviço concreto, para que toda a sociedade tenha a oportunidade de fazer sua parte.
Adquirimos um FIAT Elba 1991, que foi todo reformado e adaptado. Esse veículo será a imagem viva do Projeto Vida-Lata e faremos minipalestras, de meia hora no máximo. Patrocinar uma dessas palestras, está ao alcance de qualquer comerciante local, os custos são realmente muito acessíveis.
Essas palestras serão tão esclarecedoras quanto as tradicionais, só que sem o peso do compromisso; de repente, estacionamos o Gatomóvel em um local de acesso público ou no pátio de uma escola e conversamos informalmente com as crianças, na hora do intervalo, distribuímos brindes dos patrocinadores e retomamos a estrada. Muito melhor que planejar durante meses e, nesse meio tempo, deixar que milhares de animais sejam trucidados, por simples e desnecessária burocracia.
BUSCAMOS PATROCÍNIO PARA CONCRETIZAR ESTE PROJETO!
Veja mais informações no link: http://gatomovel.wordpress.com/palestras/