Apesar de estar em queda, a desigualdade de renda no Brasil ainda é acentuada e com índices de pobreza mais presentes, principalmente, em municípios de 10 mil a 50 mil habitantes. Os dados integram um novo levantamento do Censo Demográfico 2010 divulgado nesta quarta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nos municípios com até 50 mil habitantes, de acordo com a pesquisa, predominou o valor de até um salário mínimo para 75% da população. Em cidades com mais de 500 mil habitantes, metade da população recebia até R$ 503. O rendimento médio domiciliar per capita nesses municípios, mais populosos, era R$ 991, mais de duas vezes superior ao observado nos municípios de até 50 mil habitantes.
Já entre as capitais, o Censo apontou a manutenção de tendência histórica de melhores níveis de rendimento domiciliar per capita nas regiões Sul e Sudeste. Em Florianópolis (SC) foi observado o maior valor, R$ 1.573, com metade da população recebendo até R$ 900. Na sequência aparece Vitória (ES), com valores de R$ 1.499 e R$ 755, respectivamente. Em 17 das 26 capitais, 50% da população não recebia até o montante do salário mínimo (R$ 545).
Ao todo, participaram do Censo 2010 cerca de 190 mil recenseadores. Eles visitaram os 5.565 municípios brasileiros e entrevistaram representantes de 67,5 milhões de domicílios entre 1º de agosto e 31 de outubro. Ao todo, 899 mil residências foram consideradas fechadas.
Na divulgação de abril passado, o Censo apontou uma população de 190 milhões de pessoas em todo o Brasil.
Zona rural
Os pesquisadores identificaram também que o rendimento per capita de moradores em áreas rurais era de até R$ 70 em 21% dos casos, de um quarto de salário mínimo (R$ 136,25) em cerca de 39% deles e de cerca de 66% a quem vive com meio salário mínimo (R$ 272,50) per capita.
*Fonte: Uol Notícias